O Vereador Flávio José Barbosa de Melo, conhecido como Flávio de Deda, (PSDB) é
suspeito
de utilizar um restaurante na Zona Sul do Recife para lavar dinheiro desviado do município
de Buenos Aires. O parlamentar foi preso durante uma operação da Polícia Civil que investigada o desvio de R$ 12 milhões em verbas públicas da cidade localizada na
Mata Norte do estado. O ex-prefeito do município, Gilsan de Almeida Alencar (PSDB),
também foi detido na ocasião. (Veja vídeo acima)
De acordo com o chefe da Polícia Civil em Pernambuco, Joselito Amaral, as pessoas investigadas são suspeitas de fraudes em licitações públicas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Com o vereador, a polícia encontrou um revólver calibre 38.
Com isso, ele também foi autuado por posse ilegal de arma de fogo.
“Tudo que era adquirido em licitação era superfaturado e o valor desse superfaturado
era pago como propina. O vereador lavava dinheiro e chegou a inaugurar um restaurante
no Pina para limpar o dinheiro”, pontuou Amaral.
Sete empresários também foram presos na operação. A ex-vice prefeita foi conduzida
para ser ouvida. Distante cerca de 81quilômetros da capital pernambucana, Buenos Aires
tem cerca de 13 mil habitantes.
O G1 segue tentando localizar a defesa dos detidos pela Polícia Civil. O PSDB informou
que não comentaria as prisões. A operação, segundo a Controladoria Geral da União
(CGU), é um desdoramento das duas etapas da operação Comunheiro, que investigaram também desvios de verba pública.
Desvios
A verba desviada pertencia as secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social.
Segundo o chefe da Polícia Civil, 70% do dinheiro foi repassado pela União e 30% do
Governo do Estado. O esquema criminoso teria ocorrido ao longo de todo o mandado
do ex-prefeito.
“Esses recursos públicos deveriam estar alimentando crianças, deveriam ser utilizados
na Saúde, deveriam estar abastecendo veículos como ambulâncias para socorrer a
população. Essas pessoas, descaradamente, retiraram esse dinheiro público e se
enriqueceram com ele”, afirma Amaral.
A polícia também investiga o atual prefeito. “De início não há relação com o esquema que acontecia, mas vamos esperar a delação premiada dos empresários, que continuaram
atuando na cidade, para ampliar a investigação”, finalizou Amaral. Todo o valor desviado
será repatriado aos cofres públicos.
Do: G1 PE
Coisas de Timbaúba e Região