O início de safra sucroalcooleira mais tardio no Nordeste, quando a do Centro-Sul entra no seu terço final, favoreceu a inversão do mix tradicional da Cooperativa Agroindustrial dos Fornecedores de Cana, a Usina Coaf. Uma boa dose de agilidade comercial também vai bem.
Fora o óbvio de produzir mais açúcar e fugir do etanol hidratado (produção quase zero), já depauperado desde agosto na desvantagem para a gasolina, a temporada iniciada em final de setembro vai avançar com novo formato de comercialização do adoçante. A mudança é planejada para o açúcar ganhar presença, já que todas as empresas vão produzir mais também.
A cooperada de Timbaúba, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, decidiu fornecer açúcar em sacos de 50 kg, aproveitando-se da demanda diferenciada, regionalmente, por essa embalagem do cristal. A marca é Água Azul.
Fora o cristal de 1 kg, com o selo Timbaúba – nome da usina falimentar que foi encampada pelos cooperados e que será rebatizado – e o fornecimento em bags e VHP para exportação, a nova medida já sai com algo como 8 mil toneladas diárias, ensacadas e enfardadas na Coaf com a modernização da unidade nos últimos anos.
Alexandre Lima, presidente da indústria, já havia acrescentado ao Money Times, em 11 de outubro, que o açúcar seria prioritário, depois que a equalização do ICMS dos combustíveis para todos os estados (18%) e o fim de impostos federais fizeram despencar os preços do derivado do petróleo, mais que os do hidratado.