Seca afeta moagem de cana de açucar

Todo o otimismo do setor sucroalcooleiro no início da moagem da safra de cana de açúcar no Nordeste, cerca de quatro meses atrás, desidratou. As chuvas cessaram há mais de dois meses na Zona da Mata, acelerando a moagem de cana. 

Em Alagoas, onde há 19 usinas em atividade, as poucas unidades mais atrasadas encerrarão a moagem na segunda quinzena de março, segundo Pedro Robério, presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Alagoas (Sindaçúcar-AL). 

Em Pernambuco, duas usinas já encerraram suas atividades, e a perspectiva é que outras sigam o mesmo caminho, reduzindo a produção esperada e alongando o próximo período de entressafra na região. 


Na estimativa do Sindaçúcar de Pernambuco, as usinas do Nordeste processarão 50 milhões de toneladas de cana nesta safra 2016/17, que começou oficialmente em setembro na região. 

A expectativa inicial era de que fossem processadas 54 milhões de toneladas de cana. As áreas mais afetadas até o momento foram o norte de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. 

O tempo seco impede o desenvolvimento da cana, reduzindo o volume colhido por hectare, embora favoreça a concentração de açúcares na planta. Também permite o avanço mais rápido da colheita, e consequentemente, da moagem. 

As usinas estão avançadas no calendário de processamento e duas já encerraram as atividades desta safra: a Laranjeiras, em Vicência (PE), e a usina da Cooperativa da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (Coaf), em Timbaúba (PE). 


Segundo Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar­PE, é possível que até o fim deste mês mais duas usinas encerrem a moagem desta safra. Em Pernambuco, as 15 usinas em operação devem antecipar o fim do processamento em cerca de um mês, levando ao encerramento das atividades em torno de janeiro e fevereiro. Com isso, a entressafra deve ter entre sete e oito meses, disse Cunha. Normalmente, dura cerca de seis meses. 

   Do Gazeta de Alagoas / Foto: Ilustração

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