Alegria na cidade de Ribeirão e região, na Zona da Mata Sul Pernambucana, a usina Estreliana, fechada há 1 ano, e em recuperação judicial, voltará a moer nesta safra, e será gerida pela Cooperativa Agroindustrial de Fornecedores de Cana (COOAFSUL). O contrato de arrendamento da usina foi assinado nesta terça, 23, pela família proprietária da unidade e dirigentes da COOAFSUL, em cerimônia na sede da Associação dos Produtores de Cana de Pernambuco (AFCP), no Recife.
A gestão da COOAFSUL, novo nome da Estreliana, seguirá o modelo de cooperativismo apoiado pela AFCP e pela Organização das Cooperativas do Brasil (OCB). O investimento inicial no parque industrial é de R$ 7 milhões. Serão gerados 300 empregos diretos na fábrica e mais dois mil nos engenhos de cana na Zona da Mata Sul de Pernambuco. A moagem deve começar em meados de setembro. A previsão é de esmagar 500 mil toneladas de cana e produzir etanol inicialmente.
A reabertura da usina Estreliana, que passa a se chamar COOAFSUL, beneficiará a economia não só em Ribeirão, mas de toda a Mata Sul, em especial em Palmares, Gameleira, Escada, Joaquim Nabuco, Côrtes e outras cidades.
O presidente da COOAFSUL é o fornecedor de cana, Carlos Antônio César. O nome da cooperativa homenageia a Cooperativa Agroindustrial de Fornecedores de Cana COAF, localizada em Timbaúba, na Mata Norte, que reativou a Usina Cruangi em 2015 e é responsável por uma mudança no modelo e na visão de usinas cooperativadas. Em cinco safras, a gestão democrática e transparente da COAF tem superado seus recordes produtivos, qualificando a gestão administrativa e fiscal e a valorização do preço da cana do cooperado.
A COOAFSUL será a 3ª cooperativa desse modelo em Pernambuco, que também buscará benefícios da política estadual que é direcionada à COAF e à Agrocan, cooperativa que reabriu e administra a antiga usina Pumaty desde a safra 2014, situada no município de Joaquim Nabuco.
“Não há outro caminho para a manutenção do setor dos pequenos e médios canavieiros, senão pelo cooperativismo democrático, transparente e profissional”, diz Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP e da Cruangi/COAF da Mata Norte.
Lima credita a concretização da negociação do arrendamento da usina Estreliana ao apoio dado pelo governador Paulo Câmara e secretários, como Aloísio Lessa, pela família proprietária da usina, especialmente na pessoa de Marcelo Maranhão, que é filho do dono da usina, bem como graças a mais parceiros, a exemplo do deputado estadual Cloves Paiva, que mediou o diálogo inclusive com o secretário da Fazenda, Décio Padilha.
O Sistema da OCB em PE parabeniza todos os envolvidos na iniciativa. “Acompanhamos o novo protagonismo de lideranças da cultura da cana com base na cooperação, na soma dos esforços e resultados para todos que dela participam, o que possibilita o renascimento deste negócio em nosso estado”, destaca Malaquias Anselmo, presidente da OCB-PE.
Fonte: CanaOnline com informações da Assessoria de Imprensa da AFCP
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