Primeira jornalista pernambucana,morreu aos 105 anos

O jornalismo pernambucano perdeu um símbolo de pioneirismo e igualdade entre os gêneros. Faleceu no Recife a primeira jornalista mulher do estado. Isnard Moura, que também foi escritora e educadora, morreu aos 105 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos.

Ela chegou a ser internada no Hospital dos Servidores do Estado de Pernambuco, nos Aflitos, mas não resistiu à gravidade do quadro e faleceu por volta das 22h da quarta-feira. O velório foi realizado na Capela Central do Cemitério de Santo Amaro, onde o sepultamento ocorreu na tarde de ontem.

Uma mulher à frente de seu tempo, Isnard era a única a trabalhar em uma redação até a década de 1940. Ela atuou por muitos anos como colunista, escrevendo sobre sociedade e educação no Jornal do Commercio.

Também foi educadora. Neste ofício, criou e dirigiu o Instituto de Pesquisas Pegagógicas da Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco. Como escritora, produziu os livros Poesia de três idades e Admirável mulher do capitão Zeferino, em homenagem à mãe, Eufrásia Cabral de Moura.

Nascida em Timbaúba, Zona da Mata Norte de Pernambuco, Isnard Moura morou em Olinda, onde estudou no Colégio Santa Gertrudes, e depois se mudou para o Recife. Solteira, deixou muitos sobrinhos, influenciados no gosto pela boa leitura e pela escrita. Dois deles seguiram sua profissão de jornalista: o já falecido Adonias de Moura e o irmão dele, Abdias de Moura, que também é membro da Academia Pernambucana de Letras.


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