A Polícia Militar prendeu no início da noite desta terça-feira (05), o suspeito de matar a jovem Raissa Raiara Batista Pereira, de 30 anos, crime ocorrido no último sábado (02) na cidade de Bonito de Santa Fé, Sertão paraibano. Francisco Dunga de Sousa, de 50 anos, se entregou a um sargento da PM e foi encaminhado à Central de Polícia Civil em Cajazeiras.
Consta no inquérito policial que Raíssa Raiara foi morta enquanto trabalhava como frentista de um posto de combustível. A mulher também era guarda municipal da Prefeitura de São José de Piranhas e deixou três filhos menores de 12 anos.
O major Hugo e o Sargento João Pedro, pertencentes ao 6º Batalhão de Cajazeiras, comentaram sobre a prisão do acusado.
O caso é investigado como feminicídio (assassinato de uma mulher cometido por razões da condição de sexo feminino, isto é, quando o crime envolve violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher).
Imagens de câmeras de segurança mostram o acusado, ex-companheiro da vítima, se aproximando dela, tirando uma arma de fogo de dentro de uma sacola e efetuando um disparo na cabeça de Raissa. Em seguida, caída ao chão, a frentista é atingida com mais tiros no corpo. O vídeo ainda mostra o momento em que Francisco Dunga foge do local em uma motocicleta.
Áudios enviados por Raissa Raiara a uma amiga, por meio de aplicativo, mostram a preocupação que a mulher tinha com o ex-namorado, Francisco Dunga Sousa, após o término do namoro de ambos.
Na conversa, a vítima descreve o ex-namorado como um homem controlador, que a proibia de ter vida social, de ter amigos, até mesmo de trabalhar.
“Ele queria que eu vivesse só para ele. Eu não podia ter amizade com ninguém, eu não podia conversar com ninguém, eu não podia ir na academia, eu só podia ir na padaria sozinha, não podia ir para outro lugar. Sei lá, não podia fazer nada na minha vida, não podia arrumar um trabalho, tinha que ir trabalhar lá com ele e… meu Deus, eu estava… sabe… eu estava para enlouquecer já”, desabafa ela na mensagem.