A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) concluiu o inquérito que investiga a policial militar Sabrinna Silva, que matou o jovem Marcos Vinicius, de 20 anos de idade, com um tiro nas costas, durante uma perseguição policial no dia 25 de fevereiro deste ano, em Governador Edison Lobão, cerca de 490 km de São Luís.
De acordo com a PC-MA, a cabo Sabrinna foi indiciada por homicídio qualificado por impossibilidade de resistência da vítima. O inquérito já foi encaminhado para o Ministério Público do Maranhão, que irá analisar o caso e decidir se denuncia ou não a policial à Justiça.
Após receber o inquérito, o MP-MA pediu a prorrogação da prisão temporária de Sabrinna por mais 30 dias, para aguardar o laudo da reprodução simulada para que o caso seja levado ao judiciário.
Reconstituição do crime
A reconstituição da morte de Marcos Vinicius foi realizada pela Polícia Civil do Maranhão e pela Perícia Oficial no dia 21 de março. Sabrinna participou da reprodução simulada junto com outras seis testemunhas, que estavam no local no dia da morte do jovem.
A reconstituição do caso foi um dos últimos passos para que o inquérito sobre o assassinato de Marcos Vinicius fosse concluído.
A versão da PM foi a primeira a ser encenada. Sabrina teve que simular os três tiros que, segundo ela, disparou contra Marcos.
Durante o trabalho de reconstituição, familiares e amigos de Marcos Vinicius seguraram cartazes com pedido de justiça. Eles acompanharam, desde o início, cada passo dos trabalhos que a PC-MA e a Perícia Oficial iam realizando no local da execução.
Laudos apontam três disparos
Ao todo, quatro laudos do ICRIM foram enviados à Delegacia Regional de Imperatriz, que conduzia as investigações.
Os laudos indicam a presença de três projéteis de arma de fogo, sendo uma retirada do corpo de Marcos e outras duas encontradas no chão. Os projéteis serão analisados para comparar com o tipo de arma usado por Sabrinna no caso.
Desde o dia da morte de Marcos Vinicius, a policial está afastada das funções. Além do processo criminal, a PM também é alvo de um processo administrativo por parte da Polícia Militar do Maranhão, que apura a sua conduta na morte do jovem.
Ao g1, a defesa da policial militar afirmou, após ela ser presa, que “respeita a decisão judicial de prisão temporária sem, no entanto, concordar. Isso em razão da inexistência de fundamentos para tanto em virtude da Militar ter se apresentado espontaneamente e prestados todos os seus esclarecimentos”.
A defesa diz, ainda, que “confia na justiça e o tempo revelará todos os atos de probidade perpetrados pela servidora”.