A Polícia Civil de Pernambuco procura um pedreiro, de 58 anos,
suspeito de estuprar e engravidar a enteada, de 12 anos.
O caso foi registrado na delegacia de Afogados, na Zona Oeste
do Recife, na quinta-feira (19). De acordo com a corporação, os
abusos teriam começado em 2015, na comunidade de Souza Luna,
na mesma região da capital pernambucana.
Segundo o conselheiro tutelar João Luiz da Silva, que acompanha
o caso, a suspeita da gestação começou quando a irmã, de 30 anos, percebeu um crescimento anormal da barriga da jovem. “Ela falou
com a mãe, que não deu importância e disse que deveria ser prisão
de ventre. Já padrasto dizia que a menina estava com um mioma”,
pontuou.
A irmã insistiu que havia algo errado e tentou conversar com a vítima. Porém, a jovem não contou sobre os abusos. A garota confessou
para o conselheiro tutelar que era ameaçada pelo padrasto.
O homem teria dito que, se ela falasse a verdade, queimaria a
casa com toda a família dentro.
A denúncia ao Conselho Tutelar foi feita pela irmã na segunda-feira (16).
No local, os conselheiros suspeitaram do comportamento da vítima
e da atitude do homem, que se mostrou bastante revoltado com a
situação.
“Fizemos o convite para levarem ela a uma maternidade para fazer o
exame e, posteriormente, para a delegacia. Confirmada a gravidez,
ela mentiu, a pedido do padrasto. Ela disse que o pai era um rapaz
da escola”, relembra João Luiz.
Contrariando o pedido dos conselheiros, o homem não foi até a
delegacia com a enteada. Ele voltou para casa, mentiu que fez o
Boletim de Ocorrência na unidade de saúde e saiu para trabalhar.
O suspeito não foi mais visto desde então.
A vítima é a caçula de oito irmãos e está grávida de seis meses de
um menino. Ela foi encaminhada para uma unidade da rede de
proteção à criança e ao adolescente. A gestação é acompanhada
por uma equipe médica.
O caso é investigado pela delegada Ana Izabel e está sendo
acompanhado pelo Conselho Tutelar de Areias, na Zona Oeste da
capital pernambucana. O caso também foi encaminhado para o
Ministério Público.
“Tudo será investigado. Inclusive, se houve conivência por parte
da mãe, mas eu acho difícil, porque ela é, realmente, uma pessoa
sem instrução. Porém, tem que ser investigado porque o homem
alegava que era um mioma. Ora, se fosse um mioma por que não a
levaram no médico?”, questiona o conselheiro tutelar.
Do: G1 PE
Coisas de Timbaúba e Região