Somente no mês de abril, a Delegacia de Timbaúba, na Zona da Mata, registrou 418 Boletins de Ocorrência (BOs) no período noturno, finais de semana e feriados. A informação foi dada ontem pelo chefe da Polícia Civil, Joselito do Amaral, para comprovar que a distrital vem funcionando integralmente, apesar da denúncia de que não havia ninguém para atender a vendedora Cláudia Aguiar Rodrigues, 44 anos, no último sábado, quando ela tentava registrar queixa contra o ex-marido, que a matou na madrugada da segunda-feira e se suicidou.
“Segundo relata a irmã da vítima, ela esteve na delegacia por volta das 16h do sábado e a mesma se encontrava aberta, mas ela chamou por cinco minutos e ninguém veio. Isso, de fato, tem que ser apurado e, se for constatada alguma infração, o permanente será punido”, afirma Joselito. Ele diz que de dia há equipe completa de delegado, agentes e escrivão e à noite, feriados e fins de semana, a permanência. “Se a ocorrência gerar procedimento, é encaminhada para o plantão”.
A informação vai contra a do advogado da vítima, Gilberto Correia (e de vários moradores que se manifestaram em redes sociais), além do próprio Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), segundo o qual ainda falta efetivo para o pleno funcionamento das delegacias. Joselito nega, embora o número de ocorrências em Timbaúba (13,9 no plantão em que fica um só permanente) indique, pelo menos, uma sobrecarga do policial.
REFORÇO
“Foi aberto concurso para cem delegados, 500 agentes e 50 escrivães e o governo ampliou as vagas e passamos a chamar 140 delegados, 620 agentes e 90 escrivães. Com isso, conseguimos montar, em todas as delegacias do Estado, equipes investigativas com titular”, assegura. “Na Zona da Mata e Agreste, das 109 delegacias, 55 estavam sem delegados e hoje todas possuem titular”.
“A mulher que se depara numa situação de violência deve procurar a delegacia e terá um atendimento diferenciado. Mas se acontecer de não haver o atendimento lá, ela pode acionar o 190, que ele fará contato com o Copom e o agressor pode ser preso em flagrante. Ela também pode acionar a rede de proteção à mulher, que funciona via Secretaria da Mulher, através do telefone 08002818187”.
“A mulher que se depara numa situação de violência deve procurar a delegacia e terá um atendimento diferenciado. Mas se acontecer de não haver o atendimento lá, ela pode acionar o 190, que ele fará contato com o Copom e o agressor pode ser preso em flagrante. Ela também pode acionar a rede de proteção à mulher, que funciona via Secretaria da Mulher, através do telefone 08002818187”.
Cláudia estava separada há mais de dois meses de João Climaco Rodrigues, 51, depois de 20 anos de casada e tentava o divórcio. Ela mudou-se para Carpina com medo dele e na sexta-feira foi para uma festa em Timbaúba e acabou morta a facadas. Ele deixou uma carta dizendo que a vida não fazia sentido sem a mulher.
Do: jconline.ne10.uol.com.br
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