Falta pouco para o folião voltar a sentir a emoção de vestir sua fantasia, comprar a serpentina e ouvir o compasso do frevo no maior Carnaval de rua do mundo. Só no Recife e em Olinda, são esperadas que mais de 4 milhões de visitantes – segundo o prefeito da capital – venham até as duas cidades fazer parte do regresso da cor e do calor da festa que é a cara de Pernambuco.
A quantidade de turistas esperada nas duas cidades após dois anos de suspensão pela pandemia da covid-19 ultrapassa a do último Carnaval, de 2020.
Em 2020, cerca de 1,5 milhão de turistas passaram por Olinda – desses, 400 mil vieram de outros países. Neste ano, somado aos pernambucanos, a expectativa chega em 4 milhões. Na capital, a média se mantém – foram em torno de 2 milhões de visitantes na última edição.
Uma das turistas será a produtora audiovisual Lívia Motta, de 23 anos, do Rio Grande do Norte, que virá ao Estado pela terceira vez no período.
“Em Natal o Carnaval é pequeno, tem mais blocos no interior. A cidade não tem muitas atrações”, contou. Por isso, disse ter sido conquistada pela “celebração da cultura” que vê na festa pernambucana.
Se os visitantes estão animados, que dirá os nativos. Homenageado do Carnaval de Olinda junto a Zé da Macuca – vítima do coronavírus em 2021 -, o lendário maestro Oséas acredita que “a multidão vai dobrar porque a turma está doida para brincar”.
“Graças a Deus passou essa pandemia e vai vir o dobro de frevo para a gente esquecer isso”, disse ele.
Em ambas as cidades, o sucesso já é garantido. A taxa de ocupação da rede hoteleira já ultrapassava os 98% em Olinda para o período de momo, segundo levantamento realizado pela Secretaria de Patrimônio, Cultura e Turismo da cidade na última semana.
No Recife, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Pernambuco (ABIH-PE), a expectativa para a ocupação hoteleira no Recife está acima de 90% durante o Carnaval.
Ainda, a expectativa de movimentação no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre para o período é de 226 mil pessoas.
Após viver a folia dentro de casa, a estudante que herdou a paixão pela folia da família, Ana Júlia Duarte, de 21 anos, espera que, neste ano, haja uma “confraternização pela retomada”.
“Nesses dois anos sem, o folião se adequou à forma de comemorar, dentro de casa, porque é um momento de comunhão, principalmente para a população mais pobre que não tem acesso a festas elitizadas. Muito animada que minha festa favorita do ano vai voltar, afirmou.
Informações: JC online