Namorado é condenado a 33 anos de prisão por torturar e matar jovem 

Anderson Alexander Cabral Fernandes foi condenado a 33 anos, 10 meses e oito dias pela morte de Ingrid Sousa Felicio, de 24 anos. O julgamento aconteceu nesta quarta-feira (12). O crime aconteceu em 6 de maio de 2024, no bairro Jacarecanga, em Fortaleza. Dias após o homicídio, o assassino foi preso em Pernambuco.

Segundo a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), a vítima foi encontrada morta pelos familiares com sinais de tortura, embaixo da cama. Ela teria discutido com o então namorado, de 43 anos, no dia anterior. O homem fugiu após o crime e foi preso no dia 12 de maio, no município de Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana do Recife.

Ainda conforme a denúncia, o laudo pericial apontou que a mulher sofreu asfixia e, antes de morrer, teve braços, pernas e pescoço quebrados. O Ministério Público pediu a condenação do réu por homicídio praticado por motivo torpe, meio cruel (asfixia), mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de cometido contra a mulher por razões da condição do sexo feminino.

Nesta quarta-feira, o Conselho de Sentença da 3ª Vara do Júri acolheu a tese ministerial para condenar o homem pelo feminicídio, bem como ao pagamento de 33 dias-multa. A sessão foi presidida pela juíza Daniela Lima da Rocha.

Ingrid foi assassinada por sufocamento, conforme o laudo da Perícia Forense do Ceará. O documento também descartou que ela estava grávida quando morta, como havia se suspeitado. O casal estava junto há cerca de um mês.

Conforme uma parente, que terá a identidade preservada, um dia antes do crime, Ingrid Sousa Felicio, de 24 anos, discutiu com o suspeito durante uma confraternização em família. O motivo é que o homem queria tomar banho com ela, mas ela negou.

Após o ocorrido, o casal decidiu ir embora do local. A mulher queria ir embora com a filha dela de dois anos, de um relacionamento anterior. Porém, mãe de Ingrid pediu para deixar a neta, já que os dois estavam brigando.

Ainda segundo a familiar, por volta de meia-noite, Ingrid foi até a casa da mãe, que ficava próximo, para pedir água. Na ocasião, a mulher perguntou se a jovem estava bem e ela apenas pediu que a mãe ficasse atenta caso ela gritasse.

Na segunda-feira, a família estranhou o fato de Ingrid não ter ido ver a filha, porém os parentes imaginaram que ela havia saído direto para o local onde trabalhava como atendente. No fim da tarde, como a casa permanecia fechada e ninguém conseguiu contato com a jovem, os familiares arrombaram a porta da casa e encontraram o corpo de Ingrid embaixo da cama, com vários ferimentos.

G1

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