A noita da última quarta-feira (28) assustou grande parte dos moradores do bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife.
A projetista Amanda Silva Pedrosa, de 39 anos, foi encontrada morta com os membros amarrados na cama do apartamento onde morava.
A vítima também estava amordaçada e com um cordão ao redor do pescoço, aparentemente, de um varal de roupas.
FEMINICÍDIO
Amanda Silva Pedrosa era do município de Carpina, localizado na Mata Norte do Estado. Quando costumava vir à capital, a projetista ficava na casa da família, no bairro da Iputinga.
Durante toda a noite da terça-feira (27), familiares e amigos tentaram contato com Amanda através de ligações e mensagens.
Sem respostas, parentes decidiram ir até à casa da mulher no dia seguinte.
Às 18h55 de ontem (28), familiares entraram no apartamento de Amanda e, ao acenderem as luzes, encontraram o corpo da jovem.
A vítima estava amordaçada, com pés e mãos amarrados na cama e uma corda ao redor do pescoço – possivelmente indicador de que a vítima foi asfixiada.
Em seguida, a Polícia Militar foi acionada e chegou ao local cerca de 40 minutos após a trágica descoberta.
O CRIME
Imagens de câmeras de segurança da área registraram o carro de Amanda estacionado durante toda a terça-feira (28), na garagem do prédio.
Apenas às 20h30 da noite, uma movimentação foi registrada: na filmagem, dois homens se dirigem ao veículo da mulher.
Em seguida, eles vão ao apartamento e retornam para o automóvel como se estivessem carregando algum objeto.
Minutos depois, a luz da sala do apartamento é apagada e, logo após, é acesa novamente.
Às 20h42, a dupla abre o portão do prédio. Neste momento, um dos homens deixa o local dirigindo um automóvel e o outro, uma moto vermelha. Ambos seguem da Rua Gaspar Perez em direção à Avenida Caxangá.
NAMORADO DA VÍTIMA É O PRINCIPAL SUSPEITO
Peritos recolheram impressões digitais no apartamento e analisaram sobras de comidas e bebidas encontradas no imóvel.
De acordo com informações da Polícia, um dos suspeitos do crime é o namorado da vítima, de 40 anos.
Em entrevista à TV Jornal, um amigo de infância de Amanda, Joselito, contou que a mulher tinha conhecido esse homem através de um aplicativo de relacionamento.
“O último contato que Amanda fez foi na terça-feira (28) à noite, no grupo de mensagens da familia. Depois, mandamos mensagens, que foram visualizadas, mas não foram respondidas. Ela não foi trabalhar no dia seguinte (29), então a irmã e o cunhado foram até à residência. Eles tiveram de invadir a casa, foi neste momento que se depararam com a cena do crime”, contou Joselito.
AMIGOS E FAMILIARES PEDEM JUSTIÇA
“Uma mulher guerreira, trabalhadora e estudiosa, encontrou, como outras mulheres, um crápula. Um monstro. Aliás, um monstro não, porque ele é um homem, ele sabe o que estava fazendo. Infelizmente, como muitos outros, ele só repetiu um ciclo vicioso, que eu espero que não acabe como muitos outros acabaram: sem punição“, desabafou Daniela Pedrosa, amiga da vítima.
Informações: NE 10