O ministério Público de Pernambuco (MPPE) anunciou, nesta segunda-feira (3), a criação de uma força-tarefa para acompanhar casos de violação de direitos humanos nas unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) no estado. De acordo com a entidade, o grupo tem o objetivo de apurar as responsabilidades pelas recentes rebeliões e adotar providências na esfera criminal.
Diante do homicídio registrado no dia 24 de março e dos outros três ocorridos no domingo (2) na unidade de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, o coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude (Caop), Luiz Guilherme Lapenda, se reuniu com coordenadores do Caop Criminal e do Caop Patrimônio Público para discutir meios de minimizar as ocorrências no sistema socioeducativo. A unidade do município também já começou a receber inspeções.
O órgão ainda iniciou investigações paralelas, nas esferas criminal e de patrimônio público, para apurar as mortes e averiguar a estrutura de pessoal e a ausência de repasse para a construção de novas unidades. O MPPE também pretende, com a criação do grupo, apurar quais as medidas que estão sendo tomadas pelo governo de Pernambuco para evitar a repetição desses fatos.
As investigações, segundo o próprio órgão, serão estendidas às unidades da Funase nos municípios do Recife, de Jaboatão dos Guararapes, do Cabo de Santo Agostinho, de Abreu e Lima, de Timbaúba, de Caruaru, de Garanhuns, de Arcoverde e de Petrolina.
Por meio de nota, a Funase informou que se reuniu com o MPPE na quinta-feira (30), no Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Infância e Juventude. “A instituição mantém esse contato permanente e sempre está à disposição do MPPE, cooperando com o trabalho realizado”, traz o texto. Ainda segundo a Fundação, será lançado, na quarta-feira (5), o ‘Plano Emergencial para dois anos da Funase’.
Do: G1 PE
Coisas de Timbaúba e Região