Motoristas, cobradores e fiscais de ônibus fazem protesto contra demissões e suspensão de salários

Motoristas, cobradores e fiscais de ônibus se concentraram
 em ato em frente à garagem de ônibus da empresa Transcol,
 na BR-101, na Guabiraba, na Zona Norte do Recife, na manhã
 desta terça-feira (31). Segundo o presidente do Sindicato dos
 Rodoviários, Aldo Lima, a mobilização é contra demissões 
e suspensão de salários de mais de 100 profissionais, de 
diferentes empresas.

Ainda de acordo com o sindicato, a justificativa das demissões
 teria sido a crise causada pela pandemia do novo coronavírus.
“As empresas de ônibus estão demitindo em massa a categoria. 
São trabalhadores sem direito a nada. Por isso, estamos parando 
os ônibus”, explicou Aldo.
De acordo com o presidente, as demissões aconteceram nas
 empresas Transcol, Pedrosa, Globo, Vera Cruz e Itamaracá.
Por meio de nota, o Sindicato das Empresas de Transportes 
de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE)
 informou que “o Sistema de Transporte Público de Passageiros 
da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR) enfrenta um 
quadro de dificuldades sem precedentes em sua história”.
Ainda segundo o comunicado, a redução da demanda de
 transporte por ônibus por causa do isolamento contra o 
coronavírus “já passa de 75%”. Segundo a Urbana, a crise
 repercute diretamente na operação do serviço, “uma vez 
que o modelo de custeio atualmente adotado depende, quase
 que exclusivamente, da quantidade de passageiros transportados
 e da arrecadação tarifária”.
Também por meio de nota, o Grande Recife Consórcio de 
Transportes informou que está acompanhando as medidas 
tomadas pelo setor privado e fará um “debate por uma solução”.
O texto diz que a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e
 Habitação (Seduh) e o Grande Recife Consórcio de 
Transportes tiveram conhecimento das demissões de 
profissionais do transporte público.
Ainda de acordo com a nota, representantes da Seduh e do
 Grande Recife receberão integrantes do Sindicato dos
 Rodoviários “para debater medidas que possam minimizar 
os cortes e construir alternativas para o setor”.
Imagens enviadas para o G1 mostram os profissionais, 
que teriam sido demitidos, aglomerados em frente à garagem,
 fazendo um sinal negativo com as mãos.
A aglomeração desobedece a ordem do Governo do Estado,
 que determina o afastamento entre as pessoas durante a 
pandemia do coronavírus. Questionado, o presidente
 informou que têm ciência, mas que defender seu direito 
“é questão de sobrevivência”.

Coisas de Timbaúba e Região
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