A população de Timbaúba sofre por décadas com problema de falta d’água. Relatos chegaram ao Ministério Público de residências sem abastecimento por mais de 30 dias, enquanto que a empresa (COMPESA), ainda cobra o pagamento com base em “taxa mínima”. Essas reclamações levaram à Promotoria de Justiça local a instaurar no dia 21/05/2019 um procedimento investigativo e nele iniciar uma série de inspeções.
Essas inspeções tiveram início no dia 22/05/2019 e terminaram no dia 08/01/2020, em um total de 10 (dez). O Ministério Público estendeu as investigações para a zona rural, tendo em vista a chegada de notícias de que as comunidades dos distritos também estavam sofrendo com o desabastecimento de água. Foram realizadas as seguintes inspeções: 1. Sistema Engenho Trás dos Montes; 2. Estação de Tratamento de Água – ETA; 3. Sistema Barragem de Tiúma; 4. Estação Elevatória da Água Tratada da Ponte do Barro; 5. Reservatório Apoiado ao Alto da Independência; 6. Sistema do Capibaribe Mirim; 7. Sistema de Livramento de Tiúma; 8. Sistema de Cruangi; 9. Sistema de Catucá, 10. Sistema de Queimadas (de cima e do meio). Nesses 4 (quatro) distritos timbaubenses, a água chega para população sem qualquer tipo de filtragem e de tratamento, o que deixa essas comunidades vulneráveis a contaminações e doenças diversas.
Durante as reuniões Dr. João Elias explicou o relatório, mostrando a composição, a capacidade e as deficiências todos os sistemas, inclusive apontando as necessidades de melhorias de cada um deles. “O problema não é operacional, mas sim de deficiências nos sistemas!”. Declarou o Promotor de Justiça. O relatório deixa bem claro que a estatal de Pernambuco (COMPESA) precisa investir na modernização e ampliação dos diversos equipamentos que compõem o seu sistema. “Sem investimentos a curto, médio e longo prazo a população continuará sofrendo. Como se trata de uma estatal, não só os aspectos gerenciais técnicos e econômicos, mas principalmente a vontade política é crucial para o socorro da população!”, arrematou Dr. João Elias.
A COMPESA informou ao promotor que todos os relatos serão avaliados com urgência por suas equipes técnicas e que o caso será enfrentado com o máximo de atenção, até por que já foram identificadas, na própria reunião, a necessidade de ações imediatas.
Já o presidente da ALEPE parabenizou a ação de campo do MPPE e assegurou que o caso de Timbaúba será tratado com prioridade no legislativo, a começar pela apresentação rápida do caso ao Governo do Estado.
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