Médico é indiciado por crime sexual contra paciente no Recife

Um médico cardiologista de 74 anos, suspeito de crime sexual contra uma paciente durante consulta numa clínica particular no Recife, foi indiciado pela Polícia Civil. Também foi solicitada à Justiça a prisão preventiva dele.

A vítima, uma atendente de padaria de 50 anos, contou à polícia que sofreu abuso sexual no momento em que realizava um exame médico. Ela estava sozinha na sala da clínica, que fica no bairro da Imbiribeira, com o cardiologista. O caso aconteceu em dezembro de 2022.

A mulher relatou que o abuso aconteceu no momento que o médico aferia a pressão dela. 

“Ele esticou meu braço e botou perto da parte genital dele. Puxei, porque achei estranho, mas senti o órgão genital. Ele ficou com ereção. Na hora senti vontade de sair dali e destruir tudo, fiz ‘cara’ feia para ele perceber que não gostei. Depois do exame, ele se aproximou, disse que meu coração estava ótimo e saiu”, disse a paciente, na época.

Após meses de investigações, o médico foi indiciado por violação sexual mediante fraude. A informação foi confirmada à coluna Segurança pela assessoria da Polícia Civil nesta sexta-feira (12). O nome dele não foi informado. 

O crime, previsto no Código Penal Brasileiro, consiste na conjunção carnaval ou outro ato libidinoso com alguém, mediante meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima. A pena, em caso de condenação, pode chegar a seis anos de prisão. 

A coluna entrou em contato com o Ministério Público para saber se o médico foi denunciado à Justiça, mas ainda não recebeu retorno. 

MÉDICO CHEGOU A SER DETIDO NO DIA DA DENÚNCIA

A vítima contou que após perceber o abuso pediu ajuda de funcionários da clínica particular, mas que eles não teriam dado atenção à denúncia. 

Ao sair do consultório, na rua, uma pessoa teria ajudado a vítima a telefonar para a Polícia Militar. O médico e a paciente foram levados à Central de Plantões da Capital e, posteriormente, para a Delegacia de Atendimento à Mulher, em Santo Amaro, área central do Recife.

O médico foi liberado após prestar depoimento.

A coluna não conseguiu contato com a defesa do indiciado. O espaço está aberto. 

JC online

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