O Rota 2030 era a premissa fundamental do nosso plano de negócios. Um plano de negócios ambicioso que já foi pré-aprovado pelos nossos acionistas e é muito favorável à fábrica de Goiana”, afirmou o presidente da FCA para a América Latina, Antonio Filosa, durante o Salão do Automóvel de São Paulo – evento que marcou a regulamentação do Rota 2030 pelo Governo Federal.
Filosa contou ainda que esse investimento visa ao “desenvolvimento de novos veículos, modernização de modelos em linha, motores e tecnologias no Polo Automotivo Fiat, em Betim (MG), e no Polo Automotivo Jeep, em Goiana (PE)”. Ao todo, serão 25 novidades. E dez delas serão desenvolvidas em Pernambuco até 2023 – o primeiro lançamento, inclusive, pode começar a ser fabricado já no segundo semestre do próximo ano. Por isso, a capacidade de produção da planta pernambucana deve sair dos atuais 250 mil/ano para 350 mil/ano.
Além disso, a FCA deve viabilizar a construção do segundo parque de fornecedores da Jeep. O empreendimento, que deve atrair ao menos R$ 1 bilhão, é cogitado desde o início das operações da fábrica, em 2015. Porém, agora, está mais próximo de virar realidade. É que, além do Rota 2030, a Jeep está sendo beneficiada pela conclusão das obras estruturais que haviam sido prometidas pelo Governo do Estado, como a que vai construir uma linha de transmissão e uma subestação de energia para a fábrica. E, por isso, já deu início às negociações com os fornecedores que podem construir novas fábricas de autopeças na região para dar suporte à produção da Jeep. “Estamos em conversa avançada com 38 fornecedores de experiência global. Estamos construindo um plano de negócios com eles. E isso vai gerar muito emprego, quase 10 mil”, adiantou Filosa.
Ele ainda garantiu que, apesar de também prever investimentos em tecnologia e na fábrica de Betim (MG), o plano de negócios da FCA conta com todos os recursos necessários para viabilizar esses projetos em Goiana. “A fábrica de Pernambuco vai receber muito recurso financeiro do grupo FCA e vai continuar progredindo”, assegurou Filosa, dando a entender que Goiana pode levar R$ 8 bilhões dos R$ 14 bilhões destinados ao Brasil até 2023.