Incêndios na zona rural de Timbaúba têm ocorrido de forma recorrente. Todos os anos esses eventos agridem a flora e a fauna, destroem plantações de cana-de-açúcar e outras culturas, além de exporem a população que mora nas proximidades das áreas atingidas a riscos de doenças respiratórias. O Brasil, hoje, por seu tamanho continental e diversidade de biomas (6), é observado e cobrado pelo mundo pela implementação de ações efetivas de preservação ambiental.
O Brasil está participando da COP-26 (Conferência das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas de 2021), um evento no Reino Unido que versa acerca de medidas que mitiguem ao máximo o impacto ambiental, e especialmente sobre investimentos internacionais em economias que respeitem o meio ambiente.
Entre os dias 03 e 06/11/2021, o Promotor de Justiça, Dr. João Elias da Silva Filho, recebeu informes de que as áreas rurais do município (Engenhos Angelim e Araruna) estavam sendo atingidas, como em anos anteriores, por incêndios, tendo o referido membro do MPPE desencadeado a mobilização de produtores de cana-de-açúcar (COAF, Usina Olho D´água) e Corpo de Bombeiros para o enfrentamento do problema.
“O município de Timbaúba, cujo bioma é o da Mata Atlântica, não está imune ao cenário de responsabilidade ambiental e precisa reagir imediatamente a esse tipo de agressão”, esclareceu o membro do MPPE.
Apesar do esforço de todos, grande área de vegetação e plantios (banana e cana) foram destruídas, tendo as chamas sido contidas no dia 06/11 (sábado).
“A prevenção dos incêndios que vêm ocorrendo em Timbaúba de forma clandestina e criminosa, certamente, dependem da aliança de esforços entre poder público, sociedade e instituições privadas. Essa agressividade não pode continuar a ser tratada como uma questão acessória ou carente apenas de ações educativas”, declarou o Promotor de Justiça.
Na data de hoje (09/11) com informes sobre a possível origem e responsabilidade pelo grande incêndio, a Curadoria do Meio Ambiente de Timbaúba requisitou instauração imediata de inquérito policial para elucidar o provável crime ambiental.
Como medida indispensável, inclusive para a prevenção de fatos semelhantes, convém que se investigue a origem e responsabilidade por esse último acontecimento”, finalizou o promotor.