Grito dos Excluídos no Recife critica modelo econômico

O Grito dos Excluídos, que ocorre na manhã de hoje (07) no Recife, uniu neste ano a tradicional pauta de demandas por direitos sociais, respeito aos direitos humanos e reformas estruturais ao pedido da saída do presidente Michel Temer do poder e a críticas às mudanças defendidas publicamente pelo atual governo federal.
O Grito é uma manifestação nacional realizada anualmente no dia 7 de setembro e ocorre no Recife desde a primeira edição do ato, há 22 anos. O lema de 2016 é uma crítica ao capitalismo – Este Sistema é Insuportável: Exclui, Degrada, Mata – e, de acordo com os organizadores, é baseado em um discurso feito pelo papa Francisco na Bolívia.
Em Pernambuco, o Grito é organizado pelo Fórum Dom Hélder Câmara, que reúne movimentos sociais e pastorais católicas. São cerca de 25 entidades, muitas delas congregações de outros grupos menores. Sandra Gomes, representante do Fórum, explica porque, neste ano, o movimento decidiu se posicionar contra o presidente Michel Temer.
“Nós consideramos que não há impeachment, há golpe. E vamos combatê-lo nas ruas. É um governo que só espera um momento para acabar com a classe trabalhadora.  Não vemos perspectiva de melhora com o governo Temer. Ao contrário, vamos perder direitos sociais”, argumenta Sandra.
A concentração do ato começou às 9h na Praça do Derby, área central do Recife onde todo ano o Grito dos Excluídos se reúne. Os manifestantes seguiram pela Avenida Conde da Boa Vista, uma das principais vias da cidade, e agora se aproximam do destino final na Praça da Independência, conhecida como Praça do Diário, no bairro de Santo Antônio. De cima do caminhão de som principal da manifestação, que segue à frente na caminhada, não é possível ver o fim da multidão na avenida.
Das janelas dos prédios muitas pessoas se manifestavam também, em apoio ou contra o ato. um dos moradores escreveu “vitimistas” em um caderno, exibido com uma bandeira do Brasil. Uma senhora segurava um terço de madeira enquanto apontava o polegar para baixo. Outras pessoas balançavam panos vermelhos e bandeiras do Brasil e aplaudiam o protesto.

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