A falta de vagas na maternidade do Hospital Agamenon Magalhães,
na Zona Norte do Recife, deixou grávidas esperando durante quase
o dia inteiro por um atendimento, nesta quinta-feira (1º). Uma das
gestantes teve que aguardar durante mais de sete horas
Os problemas na unidade foram alvo de denúncia do Sindicato dos
Médicos de Pernambuco (Simepe), em setembro deste ano, quando
60 gestantes estavam em uma área com capacidade para 17 mulheres.
Nesta quinta, uma das gestantes que buscou a maternidade,
considerada uma das referências no estado no serviço, foi Solange.
Ela chegou ao local às 11h40 desta quinta e disse que a previsão
era ser recebida pelos médicos por volta das 21h. “É um absurdo”, declarou.
Segundo informações repassadas para a equipe da TV Globo,
uma mulher, que já estava em trabalho de parto, aguardava,
à noite, uma maca.
Resposta
Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde “reconheceu a
grande demanda registrada na maternidade do Hospital Agamenon
Magalhães (HAM)”.
A unidade disse, ainda, que o serviço, uma das principais referências
estaduais, “vem garantindo o atendimento à população”.
A secretaria afirmou também que “essa demanda é motivada,
principalmente, pela retração no atendimento de outras unidades
da rede em decorrência do novo coronavírus”.
Por causa do fluxo de pacientes, a direção informou que adotou uma
série de medidas com o intuito de desafogar o serviço.
Entre elas, estão: mutirão de avaliação para altas hospitalares das
pacientes, transferências de usuárias para outros setores, proibição
de acompanhantes nos casos em que não é necessária a presença,
mediante diálogo com os familiares das pacientes.