Grávida usava filho para entregar drogas para quadrilha suspeita de eliminar jovens, diz delegada

A Polícia Civil de Pernambuco revelou, na manhã desta quarta-feira (19), que uma mulher de 32 anos, grávida de 9 meses, usava o filho mais velho, de 16 anos, como entregador de drogas para uma quadrilha, que foi desarticulada na terça-feira (18), sob suspeita de aliciar jovens para o tráfico. A organização, formada por sete grupos, é investigada por 29 homicídios e por executar crianças e adolescentes que não cumpriam com as metas de venda e transporte de entorpecentes no Grande Recife.
Os detalhes da ‘Operação Escudo da Juventude’

 foram divulgados durante coletiva de imprensa na manhã desta quarta. O caso da mãe que transformou o filho em mais um membro da organização não era isolado, de acordo com a delegada Maria da Conceição Tavares. Na quadrilha, foram identificadas mais relações de parentesco.

“Essa quadrilha pedia que os jovens levassem a droga de uma comunidade para outra. Na nossa legislação, a repressão ao menor é um pouco mais branda. Então, eles se aproveitavam dessa caraterística e utilizavam os garotos para condução de armas e entorpecentes, além de vendas”, pontuou. O aliciamento atingiu meninos a partir dos 11 anos.
O grupo, de acordo com a polícia, também tem envolvimento com roubos, em Olinda e Paulista, no Grande Recife. Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de prisão dos 21 expedidos pela Justiça. Seis pessoas estão foragidas. Entre os presos, dez já estavam no sistema penitenciário.
O nome da operação, ‘Escudo da Juventude’, faz referência à estratégia do grupo, que usava até meninos e meninas para no tráfico no Grande Recife. Como punição e aviso aos demais integrantes, esses jovens eram brutalmente torturados e mortos.
“A gente acredita, hoje, que a partir dessas prisões ocorra a diminuição no número de homicídios, de tráfico de drogas e roubos na região de atuação da quadrilha. Essas pessoas eram as mais perigosas. Agora, seguiremos com as investigações para identificar outros integrantes”, observou o delegado seccional do Janga, Odir Almeida.

      Do: G1 PE
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