Governo baiano convida Coaf para instalar usinas na Bahia

 Uma comitiva da Cooperativa de Fornecedores de Cana de PE (Coaf), responsável pela reativação da usina Cruangi desde 2015, na Zona da Mata Norte, visitou mais outro município do Meio São Francisco baiano ao lado do vice-governador daquele estado, João Leão. O gestor convidou a Coaf para conhecer os benefícios topográficos e hídricos da área para o desenvolvimento dos canaviais, bem como as vantagens fiscais estaduais arrojadas em comparação a qualquer outro estado do Nordeste.

O presidente (Alexandre Andrade Lima) e o vice-presidente (RODRIGO Borba) da Coaf estão desde ontem na região. Conheceram os canaviais irrigados na cidade de Ibotirama, acompanhados dos empresários pernambucanos Sergio e Felipe Paranhos, que investem em uma usina no local. Ao lado do vice-governador, verificaram as terras planas e farta disponibilidade de água devido à oferta do Rio São Francisco e do Rio Grande, condição diferente da Mata Norte de PE, com relevo acidentado e disponibilidade hídrica irregular, além de recorrentes secas.

Na ocasião, o vice-governador reforçou a oferta da garantia da aplicação de leis fiscais arrojadas da Bahia para a Coaf, caso aceite o seu convite para instalar uma usina no local. A cooperativa analisará o convite junto à sua diretoria e 800 agricultores cooperados. João Leão revelou a sua grande admiração e entusiasmo com o que a cooperativa vem fazendo em Pernambuco ao reabrir uma usina, promovendo o desenvolvimento socioeconômico. A Coaf gera 4,5 mil empregos diretos, milhões de reais em ICMS com a produção de etanol para o seu estado e movimenta toda a economia da região. Nesta safra, deve faturar R$ 220milhões. 

Enquanto isso, a CooafSul, outra cooperativa pernambucana, trava uma batalha judicial contra o governo de PE para poder continuar gerando os 2,7 mil empregos depois que reativou a usina Estreliana em Ribeirão/PE nesta safra. “O governador Paulo Câmara, depois de sancionar em 2015 leis fiscais favoráveis à reabertura de usinas por agricultores, decidiu agora dificultá-las, legislando como quer, ao negar os 18,5% de crédito presumido no ICMS da produção de etanol”, critica Andrade Lima.


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