O Conselho Diretor do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (SINEPE-PE) realizou uma reunião extraordinária, na tarde desta segunda-feira (16), para alinhar detalhes de como se dará a suspensão das aulas, determinada inicialmente pela Prefeitura do Recife e posteriormente pelo Governo de Pernambuco por causa da pandemia de coronavírus. Já são 18 casos da doença confirmados no Estado.
A entidade discutiu a possibilidade de antecipar as férias do mês de julho – dando férias coletivas aos alunos e professores. Nesta terça-feira (17), o SINEPE-PE vai se reunir com o Sindicato dos Professores o Sindicato dos Trabalhadores na Educação para apresentar a proposta e definir oficialmente como serão administrados os dias sem aulas nas instituições. Entre os pontos levantados na reunião, os diretores e representantes de escolas de Pernambuco evidenciaram a necessidade de cumprir os 200 dias letivos obrigatórios.
No Recife há cerca de 600 escolas particulares e, em Pernambuco, 2,4 mil unidades de instituições privadas.
“Primeiro, as escolas privadas de educação básica, nos municípios que estão com a determinação para suspender as atividades na quarta-feira (18), suspenderão as atividades de aula, embora elas continuarão com as portas abertas. Sinalizamos para uma reunião com o Sindicato dos Professores e com o Sindicato dos Trabalhadores na Educação para colocarmos e discutirmos este novo momento. Então, dentro da mesa, poderão surgir algumas propostas, mas, em princípio, é discutir interesses que são das categorias que estão envolvidas com a educação privada em Pernambuco. Em terceiro lugar, nós também definimos uma reunião para analisar o andamento dos fatos, na próxima sexta-feira (20), às 15h, aqui na sede do SINEPE-PE, porque a toda hora e todo momento acontecem fatos novos”, explicou José Ricardo Diniz, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco.
Também não há prazo definido para o tempo em que as aulas ficarão suspensas. “Não há condição para estabelecermos prazo”, completou Diniz. Ainda de acordo com o presidente da entidade, o SINEPE-PE está com um gabinete de crise montado, acompanhando as atualizações da situação do coronavírus em Pernambuco.
Entre os representantes das escolas, a preocupação com o cenário causado pelo novo coronavírus é uma unanimidade e com o andamento do calendário pedagógico também. “Tivemos uma discussão ampla. O foco é realmente encontrar a melhor solução para essa situação inusitada no nosso país e o correto é valorizar a vida. É isto que estamos fazendo aqui enquanto educadores. Realmente precisava parar e promover a saúde de todos que trabalham em escolas, alunos e professores. E, claro, não esquecendo da área pedagógica, que tem que caminhar, sempre lembrando que nós vamos ter os 200 dias letivos como manda a legislação, mas buscando este caminho, preservar a vida, desenvolver a área pedagógica e cumprir a legislação são os três pontos importantíssimos”, disse Rosa Amélia Muniz, diretora-presidente do Colégio Santa Maria.
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