Empresário suspeito de abusar sexualmente dos três filhos

O empresário Márcio Mendonça Braga, acusado pela ex-companheira de abusar sexualmente dos três filhos, negou as acusações e disse que é “vítima de uma manipulação suja e covarde”. 

Márcio foi solto na tarde desta quarta (13), de acordo com decisão do desembargador Sebastião Costa Filho, após pedido de habeas corpus pedido pela defesa. 

O acusado, no entanto, deve obedecer uma série de medidas cautelares e ser monitorado por tornozeleira eletrônica. 
“Todas as acusações são falsas. Estávamos em um relacionamento bastante conturbado já há algum tempo e ela sempre ameaçou tirar as crianças de mim. Acabo de sair de dois meses de reclusão, correndo risco de vida e com meus filhos sendo expostos na mídia”, disse Márcio, por telefone, à reportagem do TNH1.
O advogado Marcondes Costa, que faz a defesa de Márcio, disse também que Clarissa Matos, ex-esposa de Márcio, “não poderia ter divulgado imagens e fotos, expondo o acusado e os filhos, que são os que mais sofrem diante de tudo isso, na imprensa”, já que o Ministério Público Estadual (MPE) “pugnou” pela soltura do acusado, preso deste o último dia 19 de fevereiro, na Casa de Detenção de Maceió, o Cadeião.
O advogado disse que as imagens não comprovam o crime porque foi o próprio Márcio que instalou as câmeras pela casa, com o propósito de acompanhar a rotina dos filhos, já que trabalhava a maior parte do dia fora de casa.
“As câmaras de vigilância foram instaladas pelo próprio Márcio, para vigiar o dia a dia dos filhos, um deles, inclusive é especial e havia essa preocupação. Quando você vê as câmeras, tem a percepção de que são câmeras escondidas, mas não são. São câmeras de vigilância, grandes”, argumentou.
De acordo com Marcondes, os vídeos foram acelerados e dá a impressão de que realmente Márcio agride os filhos, mas seria “uma conduta normal de pai ao educar o filho, que naquele momento não queria estudar, fazer o dever de casa”.
Quanto à declaração de Clarissa sobre as recorrentes infecções urinárias em uma das crianças, um dos motivos que, segundo a mulher, a levou a desconfiar do pai, o advogado disse que o exame do Instituto Médico Legal (IML) é claro no resultado de conjunção carnal.
“O exame de corpo e delito do IML é claro e diz que não há defloração nas partes íntimas das crianças. Não houve nenhuma violência. Uma infecção urinária pode se desenvolver por diversos motivos, como roupas apertadas ou o próprio sistema imunológico. Isso é mais uma falácia na acusação de Clarissa”, enfatizou.
Interpelação judicial
Sobre o que teria levado Clarissa a denunciar Márcio, na opinião de Marcondes Costa, a mulher “quer pôr em cheque as decisões da Justiça, colocar a sociedade contra os poderes constituídos. Já que ela não conseguiu uma punição judicial, ela quer uma punição social, jogar a sociedade contra Márcio, para que o vejam como criminoso de alta periculosidade, um estuprador, quando na verdade não é”.
Segundo o advogado, a defesa está pensando em um momento oportuno para interpelação judicial, já que a denunciante “insinua uma negociata entre os órgãos de Justiça na soltura do cidadão”.
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