Em meio a protestos e reivindicações de diversas categorias no Estado, solicitando a volta das atividades que foram paralisadas devido à pandemia do novo coronavírus, donos de escolas particulares de Pernambuco querem que o governador Paulo Câmara justifique os motivos de as aulas presenciais ainda não terem sido retomadas no Estado. Em reunião na tarde desta terça-feira (1º), a categoria formulou um ofício, que será enviado nesta quarta-feira (2), pedindo uma reunião com o gestor estadual, e decidiu marcar um ato para a manhã desta quinta-feira (3), na Praça da República, em frente ao Palácio do Campo das Princesas, pela reabertura das instituições de educação básica.
A organização do ato “em defesa da educação e do direito das escolas em reabrirem, dentro de protocolo, seu espaço de atuação”, como descreve o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe-PE), veio após o governo do Estado autorizar a retomada das aulas presenciais para o ensino superior, nessa segunda-feira (31), mas prorrogar mais uma vez o decreto nº 48.810, que suspende as atividades para alunos da educação básica. “Foi uma decisão da categoria diante do pronunciamento do governo. É muito mais um encontro de educadores que buscam valorizar a educação, o papel da escola. Fala-se tanto em prioridade para a educação, mas não é o que percebemos”, relatou o presidente do sindicato, José Ricardo Diniz.
O diretor executivo de Sinepe-PE, Arnaldo Mendonça, explicou que os representantes da categoria querem ser recebidos pelo governador na quinta-feira (3). “Ele (Paulo Câmara) tem que dar uma justificativa do por quê a escola particular está proibida, e não simplesmente renovar o decreto. Não adianta fazer de conta que não existem 400 mil alunos nas escolas particulares”, comentou.
Segundo ele, o Sinepe havia enviado a proposta no dia 3 de julho para o governo, e até o dia 3 de agosto não havia sido respondido. No último dia 21, houve uma reunião com Paulo Câmara. “Ele garantiu para a gente que até a sexta-feira passada iria dar um cronograma de abertura. Ontem soltou para o ensino superior e ignorou a educação básica. Agora não queremos mais conversar, estamos exigindo uma resposta e ela vai ter que ser dada para a sociedade”, acrescentou Arnaldo.