Nesta quinta-feira (23), após três safras seguidas de crescimento na produção de etanol e pagando o melhor ATR (quantidade de açúcar na cana, que remunera mais o agricultor) dentre todas as usinas do estado, a usina Coaf, antiga Cruangi em Timbaúba, iniciará a moagem da nova safra canavieira, marcada pela volta da chuva e melhor desempenho no campo. Para esta safra, a Coaf já investiu R$ 10 milhões em melhorias do parque fabril. E prevê um crescimento de 100 mil toneladas de cana de açúcar esmagada em relação a safra anterior que totalizou 544 mil toneladas e fabricou 43 milhões de litros de etanol. A previsão da cooperativa rural é de que o faturamento cresça em até 20%. Além de etanol, a unidade fabricará aguardente e está apta para produzir açúcar.
A previsão da Coaf é esmagar 650 mil toneladas de cana nesta safra, ante 544 mil na safra 2017/2018, 344 mil na 2016/17 e 291 mil na 15/16. Na última safra, a cooperativa de fornecedores faturou com a unidade R$ 95 milhões. E parte deste montante foi revertido para o pagamento dos trabalhadores, fornecedores, serviços e impostos locais, estaduais e federais. A unidade tem 320 empregados diretos no parque fabril e mais 3,5 mil trabalhadores contratados pelos canavieiros cooperativados para o corte de cana nos engenhos de Timbaúba e demais cidades da região, que voltou a ter forte movimentação econômica com a volta da usina.
Alexandre Andrade Lima, presidente da Coaf, garante que o resultado positivo só tem sido possível por conta do crédito presumido estadual de 18,5% sobre o etanol produzido em usinas geridas por cooperativas, por iniciativa do governo Paulo Câmara há três anos. O restante das usinas pernambucanas também recebem o mesmo incentivo fiscal na ordem de 12%. “Só por conta do estímulo que a usina Cruangi foi reaberta por nós e se mantém competitiva no mercado, gerando retorno socioeconômico e financeiro ao próprio estado com a entrada de milhões em impostos e 3,7 mil postos de trabalhados direitos, além de contratação de serviços e fornecedores com reflexos no comércio de toda a região”, conta Lima.
Em relação só de imposto estadual, a Coaf já pagou R$ 1.055.404,95 na safra 2015/2016, R$ 3.386.826,75 na seguinte e mais R$ 4.678.903,18 na safra 17/18, tendo a ser maior nesta atual, caso aumente a produção.
A Coaf também tem agregado valor à cana fornecida pelos canavieiros cooperativados. Além de receber pela matéria-prima para produção do etanol, o agricultor ainda ganha pelo combustível quando o faturamento da usina é superior aos investimentos e gastos realizados. “Se a safra e a moagem alcançarem os resultados esperados, dividiremos as sobras do faturamento da unidade com os nossos cooperados”, adianta Lima.
A Coaf tem garantido mais benefícios diretos para os integrantes. Nas três últimas safras, a cooperativa pagou a maior ATR média da cana em comparação com as demais usinas pernambucanas, mesmo havendo um único padrão estadual para a análise da quantidade de açúcar na cana para a sua precificação. A cooperativa pagou R$ 137,269 de ATR média na safra passada, R$ 146,972 na safra 2016/2017 e R$ 135,780 na anterior, período em que reabriu a usina Cruangi fechadas há anos.
Gestão da usina pela Coaf até 2041
A perspectiva de crescimento da Coaf não para nesta safra. A direção da cooperativa acaba de renovar o contrato de arrendamento da usina com os donos de Cruangi. O contrato terá validade por décadas. Pelo acordo, a Coaf continuará à frente da usina até a safra de 2040/2041.
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