Adolescente que perdeu perna em ataque de tubarão tem alta hospitalar após 47 dias de internação

O adolescente de 14 anos que foi mordido por um tubarão no dia 5 de março, em Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, teve alta hospitalar nesta sexta (21). O estudante Claudemir Gleybson Ferreira Herculano, de 14 anos, ficou 47 dias internado e perdeu a perna direita.

O garoto foi uma das três vítimas de ataques registrados em um intervalo de 13 dias. Também foram mordidos o surfista André Luiz Gomes da Silva, de 32 anos, em Olinda, e a garota Kaylane Timóteo Freitas, de 15 anos, também em Piedade.

Claudemir Gleybson estava internado no Hospital da Restauração (HR), no Derby, na área central do Recife. A assessoria de comunicação da unidade informou que ele vai continuar o tratamento em casa. Também receberá assistência ambulatorial no hospital.

Imagem de arquivo mostra o adolescente Claudemir Gleybson Ferreira Herculano, de 14 anos — Foto: Reprodução/TV Globo

Segundo o HR, o garoto teve apoio e uma equipe multidisciplinar. Diante da gravidade da lesão, o adolescente foi submetido a uma cirurgia vascular, na qual teve a perna direita amputada.

Ele passou um dia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Para garantir a plena cicatrização da ferida, ele também foi submetido a procedimentos de curativos especiais e cirurgia plástica.

Claudemir Gleybson foi mordido pelo tubarão na área conhecida como Igrejinha de Piedade. Esse é considerado um dos pontos de maior risco no Grande Recife.

No dia, seguinte, a uma distância de 500 metros, aconteceu o ataque de deixou Kaylane mutilada. A adolescente teve parte do braço esquerdo arrancada e se recupera em casa.

Especialistas aponta que vários fatores fazem com que os ataques sejam mais frequentes em Pernambuco. Um dos principais é a topografia do litoral pernambucano, com canal profundo perto da costa e antes dos recifes de coral, o que facilita a passagem dos tubarões quando a maré sobe.

Desde 1992, foram registrados 77 ataques de tubarão no estado. Ao todo, aconteceram 26 mortes. Em 15 casos, foi possível determinar a espécie do animal. Foram 9 casos atribuídos ao cabeça-chata e 6, ao tubarão-tigre.

Depois dos ataques de fevereiro e março deste ano, o governo anunciou medidas para retomar as pesauisas com os tubarões, que estavam paradas há nove anos. Também disse que compraria equipamerntos novos para rastrear os animais.

No entanto, as placas que são colocadas nas praias para alertar os banhista são alvo, com frequência, de vandalismo. Em um mês, 12 delas foram roubadas, pichadas ou depredadas.

G1PE

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