A falta de cultura de valorização é observada pela professora do departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE, Guilah Naslavsky. “Ainda se viaja milhares de quilômetros para admirar a arquitetura de Miami ou da Europa, mas se despreza aquilo que está bem do lado da nossa casa”, lamentou. As baixas mais acentuadas podem ser encontradas em bairros como a Madalena e Casa Amarela, ambos na Zona Norte do Recife.
Segundo ela, também se faz necessária uma legislação eficaz. “Caminhos que não apontem apenas para o interesse das grandes construtoras, mas que estimulem os proprietários, fortalecendo a preservação”, completou.
Ainda distante da realidade encontrada no Brasil, sobretudo no Estado, o distrito arquitetônico de Miami Beach, na Costa Leste dos Estados Unidos, tornou-se símbolo de conservação. O local comporta o maior conjunto de arquitetura Art Déco do mundo, dispondo de 1,2 mil edificações, erguidas entre 1923 e 1943. “As pessoas de lá carregam uma sensação de pertencimento, dispostas a preservar e torná-los ainda mais belos. As ruas, tomadas de beleza, tornaram-se extensão das suas casas”, destaca Naslavsky.
Ainda distante da realidade encontrada no Brasil, sobretudo no Estado, o distrito arquitetônico de Miami Beach, na Costa Leste dos Estados Unidos, tornou-se símbolo de conservação. O local comporta o maior conjunto de arquitetura Art Déco do mundo, dispondo de 1,2 mil edificações, erguidas entre 1923 e 1943. “As pessoas de lá carregam uma sensação de pertencimento, dispostas a preservar e torná-los ainda mais belos. As ruas, tomadas de beleza, tornaram-se extensão das suas casas”, destaca Naslavsky.
Os bons exemplos também aparecem do lado de cá do globo. A cidade de Campina Grande, na Paraíba, conserva cerca de 40 imóveis dentro do estilo, exibindo boas condições. Já Goiânia, no estado de Goiás, se tornou a primeira cidade do País com tombamento do Iphan acentuado pelas características Art Déco.
Para além das fachadas, os recursos do movimento também são encontrados no interior das edificações, trazendo, entre outros elementos, motivos florais, figuras indígenas e vitrais coloridos.
Para além das fachadas, os recursos do movimento também são encontrados no interior das edificações, trazendo, entre outros elementos, motivos florais, figuras indígenas e vitrais coloridos.
De acordo com a Secretaria de Planejamento Urbano do Recife, não existe indicativo de criação de lei para tratar de um estilo específico de arquitetura. Conforme a pasta, a legislação é aplicada com o objetivo de preservar os exemplares isolados de arquitetura significativa para o patrimônio histórico, artístico e cultural da cidade, sendo submetidos à análise de diversos órgãos.
As obras mais antigas foram construídas a partir de 1919, no bairro de São José. Já as mais novas, foram erguidas até 1961, na Várzea. Os elementos são reconhecíveis. Trazem balcões em concreto armado, bases sobre as janelas (chamadas de pestanas) e também as platibandas (estruturas que escondem o telhado). O estilo acolhedor do Art Déco não se limita ao Recife e também foi pulverizado no Interior do Estado.
Ao todo, 35 municípios das zonas da Mata Norte e Sul abrigam os imóveis. Os destaques em número de unidades ficam para as cidades de Aliança, Timbaúba e Água Preta. Passando para o Agreste, Garanhuns é a principal. Já no Sertão, é Triunfo que carrega mais construções.
Ao todo, 35 municípios das zonas da Mata Norte e Sul abrigam os imóveis. Os destaques em número de unidades ficam para as cidades de Aliança, Timbaúba e Água Preta. Passando para o Agreste, Garanhuns é a principal. Já no Sertão, é Triunfo que carrega mais construções.
Para ler mais: www.folhape.com.br
Coisas de Timbaúba e Região