Helena, a mulher dos 500 afilhados

Helena Maria da Silva, 75 anos, para, pensa e conta nos dedos. O número ao qual chega é 500. Sentada no sofá de casa, ela diz que essa é quantidade de crianças que ajudou a botar no mundo. Depois de citar o nome de vários distritos e bairros de Timbaúba, na Zona da Mata Norte, por onde andou, ela afirma: “Já botei muito menino no mundo. Às vezes passo por eles na rua e fico espantada como estão grandes”, revela a parteira, indiferente à própria idade.

Moradora do Alto do Cruzeiro, a última criança que nasceu pelas mãos de Helena foi o filho mais novo de Lucivânia Maria da Silva. O menino nasceu antes dos nove meses e a mãe não teve como chegar em tempo à maternidade. Como a ambulância também não conseguiu chegar à casa de Lucivânia, Helena correu para “pegar” mais um afilhado.
Mãe de 15 filhos, Helena teve todos em casa. “Mais da metade foi a minha sogra quem pegou. Depois que ela morreu, uma parteira continuou a pegar meus meninos. Foi com ela que eu aprendi a ajudar as mulheres a parirem também. Chegando uma aqui, eu não nego”, ressalta.


Wagner Oliveira DP.



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