Independente do clima, a paisagem da rua é modificada. De acordo com o autônomo Fábio Albuquerque, em dias de chuva, a travessia é prejudicada pelo acúmulo de água e no tempo seco, moradores colocam os móveis para secar. “Já perdemos diversas coisas. Quase todos os dias tem cama e colchão na rua que são afetados pela água. Há dez anos eu moro aqui o cenário é o mesmo. Precisamos que algo seja feito. Ao menos uma limpeza deve ser feita nesse canal”, reclama.
O comerciante Alexandre Barbosa, 38, conta que tem prejuízos mensais. “É grande a parcela de mercadoria molhada. Só em 2011 perdi quase 50 mil reais. E quando chove muito não consigo nem abrir porque só a água chega a quase um metro. Parece que esqueceram que nós existimos e que vivemos nessa situação. Precisamos de uma solução da parte do poder público”, afirma.
Os estudantes da Escola Municipal Expedita Helena, situada na via, ficam sem aula no período chuvoso pela dificuldade no acesso e as ganham degraus e batentes na tentativa de impedir a entrada da lama acumulada nas calçadas. “Basta o céu ficar nublado que a gente fica com medo. Já fomos inúmeras vezes na Prefeitura reclamar, mas o pobre não é ouvido. Se esse problema fosse no bairro de Boa Viagem, prontamente resolviam. Mas nós precisamos construir batentes em frente de casa para não ficar alagado”, desabafa o autônomo Luciano de Campos, 41.
Procurada pelo portal, a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes informou que obras de revestimento dos canais estão em andamento e a previsão de conclusão é em julho deste ano.
Diário de Pernambuco Foto: Cortesia/ Fábio Albuquerque.