Cinquentinhas emplacadas

A partir de junho, as cinquentinhas só poderão circular no Recife se estiverem emplacadas. Hoje, pela legislação sancionada pelo prefeito Geraldo Julio em 2013, os condutores dessas motocicletas têm quer ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e usar os itens de segurança, como capacete. Já o emplacamento só poderá ser cobrado após o registro desses veículos, um trabalho que será realizado pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU).

“Quando forem registrados pelas CTTU, os condutores passarão pelos mesmos problemas de um motorista de carro, por exemplo, caso haja infração”, adiantou o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga. De acordo com ele, a fiscalização será reforçada. E quem for parado pelos agentes de trânsito e estiver sem a documentação exigida terá a motocicleta apreendida e será multado. “A fiscalização será igual à realizada com os demais veículos”, disse.
O custo de emplacamento, com todas as taxas inclusas, ficará em torno de R$ 1,4 mil. A diária da apreensão é de R$ 11. A carteira para pilotar as motocicletas já é exigida no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), assim como o capacete. No entanto, a regularização e fiscalização são atribuições da Prefeitura do Recife.
Questionado sobre o alto preço para emplacar as cinquentinhas, Braga destacou que baixar o valor do serviço é uma condição impraticável. “Há uma dificuldade no custo para formalizar a documentação junto ao Detran-PE e órgãos públicos. A sugestão que vem sendo debatida é baratear o serviço para tornar possível o motorista ter habilitação. O beneficio é para quem é pobre, de baixa renda, e que está utilizando o veiculo para se deslocar”, enfatizou o secretário.
Infrações
Com a regulamentação das cinquentinhas, inúmeras infrações envolvendo os ciclomotores tendem a diminuir. A maioria deles não usa capacete, anda na contramão, estaciona e transita em calçadas, não porta CNH, muito menos equipamentos de segurança, como luvas e cotoveleiras. Alguns são mais ousados Além de serem menores de idade, motoristas conduzem criança no colo. E sem receio. “Se eu for parada na blitz, não sei o que fazer”, confessou uma adolescente de 15 anos, que transportava seu filho em uma cinquentinha.
O comerciante Evandro da Silva, 28 anos, disse desconher a exigência da CNH e a de capacete. “Não vou ter dinheiro. A moto vai ficar parada”.
A.M.B., 15 anos, conduzia a moto e ainda levava o filho sem nenhuma segurança /Folha-PE
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