Agora é real e oficial. O mês de março começou com reajuste na conta de luz dos brasileiros. No Estado, os aumentos somam o adicional de 1,45% da tarifa da Celpe e os R$ 5,50 da bandeira tarifária vermelha, para cada 100 kWh consumidos. A alta da Celpe será a menor do País, que teve aumento médio de 23,4%.
BRASÍLIA e RECIFE – A partir deste domingo (1º de março), a conta de luz vai ficar mais cara para todos os consumidores brasileiros. É que além do aumento nos preços das bandeiras tarifárias, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a temida revisão extraordinária das 58 distribuidoras de energia. Por aqui, a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) conseguiu um aumento de 2,2% (o menor do País), mas a empresa do grupo Neoenergia já informou que o percentual a ser aplicado será mais baixo, de 1,45%.
Na prática, o reajuste médio na tarifa da concessionária será inferior a R$ 0,01. O peso maior está mesmo nas bandeiras, cujos reajustes ficaram em R$ 5,50 na vermelha, e R$ 2,50 na amarela – a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Na ponta do lápis, como a previsão é de que as térmicas continuem acionadas pelos próximos meses, uma conta de R$ 65,20 chegará a R$ 74,15 com a bandeira vermelha. Esses valores consideram que o consumo médio do brasileiro é de 163 kWh por residência, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Apesar de a revisão extraordinária estar prevista nos contratos de concessão das distribuidoras, para manter o equilíbrio econômico-financeiro, o especialista em energia elétrica Heitor Scalambrini critica veementemente o posicionamento da Aneel. “Isso é um prêmio à ineficiência da Celpe, que vem deteriorando seus serviços ano a ano”, criticou, completando: “ela deveria ter sido penalizada, e não beneficiada. Essa é a prova de que as distribuidoras ‘mandam’ na Aneel”.
Em nota enviada pela assessoria de Imprensa, a Celpe informou que a Agência reguladora levou em consideração, principalmente, o aumento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e as despesas extraordinárias com a compra de energia durante o ano de 2013.
No entanto, além do adicional do reajuste extraordinário, o aumento do valor das bandeiras tarifárias impactará as receitas mensais das empresas de distribuição. Em um mês de bandeira vermelha, o valor pago pela população, que atualmente é de cerca de R$ 800 milhões, saltará para R$ 1,460 bilhão. E mais: “em abril, a Aneel determinará o reajuste ordinário da Celpe”, lembrou a própria distribuidora no comunicado oficial. À Aneel, a Celpe solicitou 21% de incremento na tarifa, ou seja, mais um aumento na conta no próximo mês.
Estados
Os maiores aumentos serão para as distribuidoras AES Sul (39,5%), Bragantina (38,5%), Uhenpal (36,8%) e Copel (36,4%). Além da Celpe, o reajuste mais baixo será aplicado para a Cosern (2,8%)
Os maiores aumentos serão para as distribuidoras AES Sul (39,5%), Bragantina (38,5%), Uhenpal (36,8%) e Copel (36,4%). Além da Celpe, o reajuste mais baixo será aplicado para a Cosern (2,8%)
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