Brasília. O empresa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu JD Assessoria e Consultoria faturou R$ 29 milhões em serviços para mais de 50 empresa no período de nove anos. A informação faz parte do inquérito que investiga Dirceu na operação Lava Jato. O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, quebrou nesta terça o sigilo sobre a investigação.
Em janeiro, Moro havia determinado a quebra do sigilo bancário e telefônico da JD. A decisão foi tomada depois que as autoridades responsáveis pelas investigações constataram que três empreiteiras envolvidas em fraudes na Petrobras pagaram R$ 3,7 milhões, entre 2006 e 2012, para a empresa de Dirceu. Segundo a defesa dele, os contratos com a Galvão Engenharia, a UTC e a OAS representavam 16% da cartela de clientes de José Dirceu na JD.
A suspeita é de que a JD jamais tenha prestado serviços de consultoria e que os recibos sejam uma fachada para encobrir repasses de dinheiro desviado da Petrobras.
A informação sobre o faturamento da empresa foi apresentada, de acordo com documento anexado ao inquérito, pela defesa do ex-ministro. Dirceu e a JD são investigados por lavagem de dinheiro, ocultação de bens e corrupção. Ele teria prestado consultoria para empresas de 20 setores da economia.
“Nota-se nos contratos que tais serviços estão em conformidade com objetos sociais da empresa JD (…). Não obstante, também é possível verificar que os sócios da JD Assessoria e Consultoria obtiveram lucros abaixo do mercado”, destaca Anna Luiza de Sousa, advogada de Dirceu, no documento apresentado à Justiça.
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