Após a Prefeitura Municipal de Goiana enterrar uma baleia na beira mar da praia de Carne de Vaca, nesta terça-feira (5), uma enxurrada de críticas, vídeos e fotos do deprimente “enterro da baleia” circula nas redes sociais. O local do enterro foi muito criticado por moradores e veranistas, que devido ao mal cheiro precisaram evacuar de suas casas durante o procedimento. A Prefeitura de Goiana informou que o enterro foi realizado em local seguro e indicado por técnicos ambientalistas, mas os moradores relataram que a baleia foi enterrada há cerca de 20 metros das residências e pouco mais de um metro de profundidade, além de ser na linha da maré. O mal cheiro continua e poderá trazer riscos de contaminação para a população e para as crianças, já que o local onde foi enterrada funciona um campinho de futebol.
Mas, segundo o secretário de Meio Ambiente de Goiana, Marcelo Andrade, todos os temores seriam infundados. “Nós fomos orientados pelos biólogos do Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA) a enterrar a baleia nesse local porque fica acima da linha de maré. Portanto, não será atingido pelas ondas”, disse o secretário. “Segundo o CMA, em todos os lugares do mundo o procedimento é esse mesmo”.
O secretário conta que a baleia encalhou na praia de Acaú (PB) e só depois apareceu em Carne de Vaca, levada pela correnteza. O animal, com nove toneladas de peso e 9,5 metros de comprimento, exigiu muito esforço para ser sepultado. A prefeitura usou trator, retroescavadeira e até um caminhão com guincho para remover o mamífero. “Foi uma operação de guerra”, concluiu Andrade.
“Não estou mais deixando meus filhos brincarem na praia depois que enterraram o animal aqui. Até agora ainda estamos sentindo o mau cheiro”, reclamou uma marisqueira que não quis se identificar. Ela mora em frente ao trecho da praia onde a carcaça do mamífero gigante foi sepultado. “Nós pedimos ao pessoal da Prefeitura de Goiana que levassem para outro lugar, de preferência mais afastado, desabitado e num buraco mais profundo, mas eles disseram que tinham autorização do Ibama para enterrar aqui. Um verdadeiro absurdo. Aqui é linha da maré sim!”, reclamou uma veranista. “Tenho medo de que, quando a maré encher, a carcaça seja desenterrada. Aí tudo vai piorar. Até as máquinas da Prefeitura tiveram que ser limpas com um carro pipa, pois estavam fedendo muito. E agora eu pergunto. Num podiam ter resolvido logo? Agora durante as eleições vão nos pedir votos e nós teremos uma resposta à altura. Na hora de aparecer na minha igreja chorando, ele [Fred Gadelha] soube, mas esse é o presente de grego que ele nos deu”, criticou.
A veranista, que também preferiu não se identificar, disse que a praia é muito movimentada neste mês de janeiro. Ela acredita que, se o mau cheiro persistir ou piorar, com certeza vai espantar muita gente, afetando a economia dos comerciantes no entorno.
Ironia do destino?
Coincidência ou não, durante as eleições de 2012, o então candidato a prefeito e gerente da Caixa, Fred Gadelha, fez duras críticas a gestão do ex-prefeito Henrique Fenelon por ter enterrado um cavalo na beira mar de Ponta de Pedras, no ano de 2008. Quase 4 anos depois, a atual gestão demonstra que as falhas apresentadas durante as eleições e cometidas em gestões anteriores estão sendo repetidas novamente e em maiores proporções.
Inclusive, por conta dessa polêmica, foi criado um novo ditado popular no meio político: “Quem cavalo desenterra, baleia planta!”
Mas, segundo o secretário de Meio Ambiente de Goiana, Marcelo Andrade, todos os temores seriam infundados. “Nós fomos orientados pelos biólogos do Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA) a enterrar a baleia nesse local porque fica acima da linha de maré. Portanto, não será atingido pelas ondas”, disse o secretário. “Segundo o CMA, em todos os lugares do mundo o procedimento é esse mesmo”.
O secretário conta que a baleia encalhou na praia de Acaú (PB) e só depois apareceu em Carne de Vaca, levada pela correnteza. O animal, com nove toneladas de peso e 9,5 metros de comprimento, exigiu muito esforço para ser sepultado. A prefeitura usou trator, retroescavadeira e até um caminhão com guincho para remover o mamífero. “Foi uma operação de guerra”, concluiu Andrade.
“Não estou mais deixando meus filhos brincarem na praia depois que enterraram o animal aqui. Até agora ainda estamos sentindo o mau cheiro”, reclamou uma marisqueira que não quis se identificar. Ela mora em frente ao trecho da praia onde a carcaça do mamífero gigante foi sepultado. “Nós pedimos ao pessoal da Prefeitura de Goiana que levassem para outro lugar, de preferência mais afastado, desabitado e num buraco mais profundo, mas eles disseram que tinham autorização do Ibama para enterrar aqui. Um verdadeiro absurdo. Aqui é linha da maré sim!”, reclamou uma veranista. “Tenho medo de que, quando a maré encher, a carcaça seja desenterrada. Aí tudo vai piorar. Até as máquinas da Prefeitura tiveram que ser limpas com um carro pipa, pois estavam fedendo muito. E agora eu pergunto. Num podiam ter resolvido logo? Agora durante as eleições vão nos pedir votos e nós teremos uma resposta à altura. Na hora de aparecer na minha igreja chorando, ele [Fred Gadelha] soube, mas esse é o presente de grego que ele nos deu”, criticou.
A veranista, que também preferiu não se identificar, disse que a praia é muito movimentada neste mês de janeiro. Ela acredita que, se o mau cheiro persistir ou piorar, com certeza vai espantar muita gente, afetando a economia dos comerciantes no entorno.
Ironia do destino?
Coincidência ou não, durante as eleições de 2012, o então candidato a prefeito e gerente da Caixa, Fred Gadelha, fez duras críticas a gestão do ex-prefeito Henrique Fenelon por ter enterrado um cavalo na beira mar de Ponta de Pedras, no ano de 2008. Quase 4 anos depois, a atual gestão demonstra que as falhas apresentadas durante as eleições e cometidas em gestões anteriores estão sendo repetidas novamente e em maiores proporções.
Inclusive, por conta dessa polêmica, foi criado um novo ditado popular no meio político: “Quem cavalo desenterra, baleia planta!”
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