“Temos um grande caminho pela frente, mas acredito que é possível e viável, desde que a população e a prefeitura se apropriem deste recurso tão importante para desenvolverem efetivamente ações de conservação e de proteção. Esse bem que nos proporciona a Mata Atlântica possibilita a nossa vida futura. Se a gente não cuidar dessa mata, não teremos uma qualidade de vida razoável nos próximos anos”. Foram com estas palavras que a gerente de conservação da biodiversidade da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Samanta Della Bela, destacou a importância do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA) do município de Aliança, elaborado pela consultoria Vitec Engenharia, com apoio Semas e da Agência CPRH, e lançado no último dia 06 de junho, em evento realizado pela Prefeitura, no auditório da Unidade Educacional do município (UEPA), para 120 convidados.
O evento foi um dos destaques do Mês do Meio Ambiente de Pernambuco, realizado numa parceria da Semas, Agência CPRH e Parque Estadual Dois Irmãos. Estiveram presentes a secretária municipal de Administração Edna Lopes, representando o Prefeito Xisto Freitas, a secretária de Agricultura e Meio Ambiente, Roseane Alves e o coordenador da pasta ambiental, Ariclenes Tiago Ramos, a gerente de conservação da biodiversidade, Samanta Della e a analista Lenilda Abreu, ambas da Semas, Aurenita Vasconcelos e Jennifer Belarmino, da Unidade Integrada de Gestão Ambiental da CPRH em Carpina, Edson Pereira, do Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA, além da equipe técnica da Vitec, representada pela gestora ambiental Valdenice Elvira e pelo engenheiro sanitarista e ambiental Murilo César.
O mapeamento apontou que os remanescentes de vegetação nativa corresponde a 4,99% da área total do município, um pouco mais de 1.350 hectares, com destaque para as matas do Engenho Cueiras, com 225 hectares e a Mata do Pito do Jito, com 168 hectares. Entres as áreas de alta prioridade para a conservação e recuperação (APCR) estão, além da Mata do Pito do Jito, o curso do Rio Sirigi e seus afluentes localizados ao sul da bacia hidrográfica, além dos assentamentos Maré e Ajudantes. A proposta é recuperar a medio e longo prazos, um total de 12.093,76 hectares, entre área de mata e APPs (vegetação das margens dos rios).
O documento técnico é o sétimo lançado em Pernambuco e foi aprovado pelo Conselho de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Aliança em novembro de 2017, conforme prevê o Art. 38 da Lei da Mata Atlântica (Lei nº 11.428/2006). Nele estão reunidos dados socioeconômicos e ambientais da região, como levantamento da fauna, da flora e o mapeamento dos remanescentes florestais (matas e áreas de preservação permanente – APPs), com o objetivo proteger e recuperar as áreas de mata de grande beleza cênica que abrigam importante biodiversidade do município.
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