A Usina Petribu, uma das maiores unidades açucareiras de Pernambuco e referência no setor há quase um século, tem sido exemplo também no quesito sustentabilidade. Para recuperar as áreas devastadas da cobertura vegetal nativa, especialmente da Mata Atlântica, a instituição mantém uma reserva florestal. São 72 hectares de área verde que reúne uma grande biodiversidade, incluindo répteis, aves e mamíferos, além de um açude.
O presidente da Usina, Jorge Petribu, reconhece que inicialmente o cultivo da cana de açúcar agrediu a natureza, mas hoje há o esforço para mudar esta realidade. “No passado a consciência era muito pela produção, o desenvolvimento era a destruição das matas para o plantio das lavouras. A cana de açúcar foi a principal locomotiva para o desenvolvimento em Pernambuco, mas temos que ter a consciência de que é necessário o equilíbrio”, pontua o empresário.
Essa compensação ambiental está sendo possível com a manutenção de uma área da Usina Petribu para o replantio de espécies nativas, criação de áreas de preservação e a reintrodução de animais que viviam na Mata Atlântica, como emas, capivaras, cervos e antas, que estão por todos os lados vivendo em harmonia.
Destaque na propriedade para a quantidade de antas, que já chegam a cerca de 70 e são considerados o maior mamífero herbívoro da fauna brasileira. Podem pesar até 320 kg e ter 1,20 m de altura. As primeiras antas chegaram há cerca de 50 anos e comumente são vistas banhando-se no açude. As emas estão espalhadas por toda a parte; com seus quase 1,5 metros de comprimento, facilmente é notada e ocupa o primeiro lugar no rank das maiores aves do Brasil. No leito do açude as capivaras surgem e em bando vão se estabelecendo e garantindo sua sobrevivência.
A Usina Petribu, por meio deste trabalho, reafirma que, aliado ao lucro, geração de empregos, renda e tributos, a instituição tem uma forte consciência ambiental. A reserva florestal é uma proposta para proteger o meio ambiente aliado à política sustentável característica da empresa.
Biodiversidade- A Mata Atlântica é uma das regiões mais ricas do mundo em biodiversidade e hoje é considerada um dos biomas mais ameaçados do planeta. Estudos apontam que são mantidos apenas 8,5% de suas florestas originais. A maioria dos animais e plantas ameaçados de extinção do Brasil são desse bioma que também é responsável pela garantia de abastecimento de água para mais de 100 milhões de pessoas.
O desmatamento teve início nos séculos XVI e XVII, quando era exportada para a Europa madeira nobre usada para a construção naval e indústria moveleira. No entanto, a partir do século XVIII, áreas foram devastadas para o plantio de soja e cana de açúcar, por exemplo, além do comércio ilegal de madeira, a pecuária e a ocupação urbana desregrada.
Petribu- A Usina Petribu está situada no município de Lagoa de Itaenga e foi fundada, em 1910, por João Cavalcanti Petribú, que transformou em usina o engenho de sua propriedade. A instituição é a mais antiga em funcionamento atualmente e a 10ª empresa de maior longevidade no país; possui 22 mil hectares. Possui ainda a maior produção de Pernambuco e se tornou o principal empregador da Zona da Mata. A Petribu é o símbolo da indústria sucroalcoleira em Pernambuco.
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