Desentendimento por herança motiva assassinato de jovem, ex-cunhada é presa como mandante

O assassinato do advogado e motorista de aplicativo Hugo Espíndola, de 29 anos, ocorrido em 8 de março de 2024, no distrito de Insurreição, zona rural de Sairé, revelou uma trama de vingança familiar motivada por uma disputa de herança. A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira (7) a ex-cunhada da vítima, Silmara Kalyne Tavares Soares, apontada como autora intelectual do crime. A prisão ocorreu poucas horas após a divulgação de seu mandado de prisão, e a suspeita foi transferida para o presídio feminino de Buíque, no Agreste de Pernambuco.

Conforme apurado, o conflito entre Hugo e Silmara se intensificou no final de 2023, após o falecimento da mãe de Silmara. A herança resultante da perda gerou atritos familiares, principalmente entre as irmãs. Hugo, que era casado com a irmã de Silmara, tentou intervir em uma discussão entre as duas, o que agravou o desentendimento. Em um episódio, Hugo teria defendido sua esposa das agressões de Silmara e acabou entrando em conflito com o filho dela, José Sostenys Dantas, conhecido como “Guga”, que nutria animosidade em relação ao cunhado.

No dia do crime, Hugo foi chamado para realizar uma corrida até a área rural de Sairé. Antes de sair, o advogado expressou à namorada que estava desconfiado do pedido e recomendou que ela informasse ao serviço de transporte sobre o destino suspeito. Mesmo com as precauções, Hugo seguiu para o local onde foi surpreendido e assassinado a tiros pelo passageiro, enquanto ainda segurava seu celular no banco do motorista.

A investigação revelou que Leandreson de Lima, preso em maio deste ano em Caruaru, recebeu R$ 5 mil para executar o crime a mando de Silmara. Outro envolvido, José Sostenys, foi preso em 14 de outubro durante uma blitz da PRF, reforçando o vínculo familiar no plano do homicídio.

Hugo Espíndola deixou duas filhas, de 8 e 10 anos, que eram o centro de sua vida. Sua morte trágica expôs os desdobramentos de uma disputa familiar que culminou em um crime planejado. A prisão de Silmara e dos executores demonstra a continuidade das investigações, que buscam esclarecer todos os detalhes da participação dos envolvidos. A comunidade de Gravatá, onde a vítima morava e trabalhava, segue abalada com a brutalidade do assassinato.

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