A Polícia Civil divulgou, nesta sexta-feira (8), o retrato falado
do suspeito de envolvimento no caso em que foliões relataram
ter sido agredidos por agulhas de seringa durante o carnaval,
no Grande Recife. Mais de cem pessoas procuraram atendimento
médico com relatos do tipo. A imagem foi feita a partir da
descrição feita por uma das vítimas.
Uma delegacia móvel foi montada no Hospital Correia Picanço,
na Zona Norte do Recife, unidade de referência em doenças
infecto-contagiosas procurada pelas vítimas. O resultado do
exame realizado nas pessoas que relataram terem sido
agredidas com agulhas não foi divulgado.
Cinco pessoas procuraram a unidade móvel da Polícia Civil e,
delas, apenas uma conseguiu descrever a fisionomia que
gerou o retrato falado.
“Não significa que temos apenas um autor dos crimes. Uma das
vítimas, que foi atingida em Olinda, conseguiu fazer a descrição,
mas podemos ter outros [envolvidos]. Aquelas que visualizaram
os autores, têm importância significativa para a polícia.
Elas podem auxiliar a identificar e levar à prisão esses autores”,
explica o delegado Joselito Kehrle, chefe da Polícia Civil.
Duas vítimas foram enfáticas ao afirmar, durante o registro na
delegacia, que foram perfuradas por seringa, informando dia e
local, enquanto as outras três procuraram a polícia após a
divulgação dos casos pela imprensa.
Os crimes já relatados à Polícia Civil aconteceram em Olinda
e no Recife. Segundo o delegado, a maioria das vítimas são
mulheres. “Durante o atendimento médico, muitos relatam o
constrangimento em fazer o boletim de ocorrência. Lembramos
que essas pessoas são vítimas e o registro é importante para
prender o autor”, reforça o chefe da Polícia Civil.
As pessoas que tiverem informação sobre os casos também
podem entrar em contato com a polícia através da Coordenação
de Plantões, no telefone (81) 3182.6091.
A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o crime de
“expor a risco a vida de outrem por transmissão de moléstia
grave” e reforçou o pedido para que as vítimas compareçam
a delegacias para fazer os boletins de ocorrência. Cada relato
de vítima gera um novo inquérito.
Relatos de agressão
Até a quinta-feira (7), mais de cem pessoas tinham procurado
o Hospital Correia Picanço com o mesmo relato: agressão por
agulha de seringa no carnaval. Na manhã do dia anterior, eram
25 registros do tipo na unidade de saúde. As pessoas chegam
com relatos de terem sido furadas, principalmente, nas costas e no braço.
Todos os pacientes foram liberados, segundo a Secretaria de Saúde
de Pernambuco. Antes, no entanto, tomaram medicamentos que são
ministrados para prevenção ao vírus HIV. Eles também receberam
a orientação para voltar à unidade de saúde em 30 dias, prazo
necessário para a conclusão desse tratamento.
Do: G1 PE
Coisas de Timbaúba e Região