A usina Coaf Timbaúba inicia a sua 10ª moagem nesta terça-feira (13) com a previsão de que a colheita alcance o recorde de cerca de 1 milhão de toneladas de cana-de-açúcar. Cerca de 150 cooperados da Coaf se reuniram em evento na sede na usina em Timbaúba, a 110 Km do Recife. “A usina em operação viabiliza a vida de muita gente inclusive a nossa”, disse o presidente da cooperativa e da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), Alexandre Andrade Lima.
Segundo ele, a maior safra que a usina registrou, na atual gestão, foi a de 2022/2023, quando foram colhidas 1,043 milhão de toneladas da planta. “Até agora, percebemos uma perspectiva de produção boa no campo, embora o mês de julho tenha sido mais seco do que o esperado na região. Mas isso foi compensado pelas chuvas dos outros meses”, explica Alexandre Andrade Lima.
A empresa produz etanol, 60 mil toneladas de açúcar e 27 milhões de litros de cachaça, que é envasada por fabricantes da região. “Na safra passada, o foco foi exportação. O preço do açúcar no mercado internacional caiu bastante, mas há perspectivas de melhora no preço com a queda de produção que está ocorrendo em São Paulo por causa da estiagem”, comenta Alexandre. O Sudeste do País está mais seco por causa do fenômeno climático El Niña, que provoca mais chuvas no Nordeste.
A Coaf Timbaúba emprega cerca de 4,5 mil pessoas numa safra, incluindo 500 que trabalham na sede da empresa. A empresa processa a produção de 600 cooperados, todos fornecedores de cana-de-açúcar, e tem um faturamento de cerca de R$ 300 milhões por ano.
A cooperativa se instalou onde funcionou, por décadas, a Usina Cruangi, que está num processo de recuperação judicial.