Segurança é preso envolvido na morte de paciente de Timbaúba que matou vigilante no HR

O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), informou que prendeu, no final da manhã desta sexta-feira (26), um segurança de empresa privada envolvido na confusão ocorrida no Hospital da Restauração (HR), no Derby, na área central do Recife. 

Esse homem foi flagrado por câmeras de vídeo disparando um tiro contra um paciente da unidade de saúde, que estava fugindo após praticar uma série de crimes no hospital.

Embora a polícia não confirme, informações extraoficiais dão conta que o paciente foi identificado como José Roberto Lopes da Silva, de 52 anos 

Minutos antes, esse paciente roubou uma arma e matou  outro vigilante após um tiroteio no HR. 

Outra pessoa que estava internada na unidade ficou ferida por estilhaços de bala. 

O profissional de segurança foi preso em flagrante por homicídio,  após se apresentar no DHPP, no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife. 

Em entrevista à TV Jornal, o delegado Victor Leite  falou sobre a motivação da prisão do vigilante. 

O trabalhador, que não teve o nome divulgado,  será encaminhado a audiência de custódia, ficando à disposição da Justiça.

Por meio de nota, a Polícia Civil disse que “um homem foi preso em flagrante e as diligências seguem até a total elucidação do caso”. 

Também afirmou que investiga um duplo homicídio consumado e uma tentativa de assassinato. 

Foi instaurado inquérito policial para apurar todos os fatos. 

O caso está sob responsabilidade da 2ª DPH/ DHPP,  coordenada pelo delegado Roberto Lobo. 

Dinâmica

Na entrevista, o  delegado Victor Leite disse que, após balear Nivaldo, o paciente abordou um motorista de ambulância e o coagiu. 

Ele roubou o veículo e saiu em fuga pela Avenida Agamenon Magalhães, na área Central do Recife. 

Ainda segundo o investigador, um grupo de vigilantes saiu em perseguição para interceptar a ambulância roubada pelo paciente. 

Nas proximidades da Praça do Derby, o veículo foi interceptado.

Em seguida, o paciente desceu do veículo e foi  rendido  pelos vigilantes. 

Nas imagens é possível ver, nesse momento,  o paciente deitado na calçada da Avenida Agamenon Magalhães.

Ele foi atingido por disparos feitos por um dos vigilantes que o perseguia. 

“Tudo indica que houve uma série de ações criminosas por parte do paciente do hospital. Ele subtraiu a arma de uma vigilante, efetuou disparos contra outro vigilante (Nivaldo) praticando este homicídio e, em seguida, o paciente efetuou disparos contra outro paciente. Este paciente foi atingido de raspão no ombro, onde ele prestou depoimento para nós e confirmou a versão dos vigilantes”, disse o investigador. 

Ainda segundo o delegado, o vigilante foi preso, porque “não foi evidenciada legítima defesa no momento em que o paciente deitado é atingido por um disparo”. 

“Após matar o vigilante, ele roubou uma ambulância, onde estamos tentando identificar essa ambulância. Ele roubou e saiu em fuga, E na perseguição, já nas imediações da Praça do Derby, o veículo foi interceptado e houve a neutralização desse paciente. O que foi trazido para gente, neste momento,  é o vídeo que mostra a execução do paciente e, aí, temos depoimentos que não indicam a legítima defesa clara do vigilante que efetuou o disparo. Ele está sendo preso em flagrante por essa suposta execução contra o paciente. Todos os vigilantes empenhados no trabalho prestaram depoimento aqui no DHPP. E essa legítima defesa não ficou bem evidenciada, de maneira bem clara que houve uma contenção dessa agressão contra o paciente, tudo isso vai ser mais apurado no decorrer da investigação”, esclareceu o delegado. 

O investigador foi questionado se, antes de ser morto, o paciente trocou tiros com o grupo de vigilantes.

O delegado afirma que até o momento não há indícios desse fato.

“Até então não há depoimentos que indique que houve troca de tiros. Os depoimentos indicam que o paciente efetuou disparos contra os profissionais e quando ele saiu da ambulância há um depoimento que diz que ele apontou a arma para os vigilantes, quando então ele foi atingido por dois disparos e quando ele cai no chão, aparentemente com vida, houve esses chutes por parte dos vigilantes e em seguida esse disparo contra o paciente que cometeu todos esses atos criminosos”, acrescentou o delegado. 

Flagrante

O vídeo enviado ao Diario de Pernambuco mostram o paciente, ainda não identificado,  deitado na calçada, na Avenida Agamenon Magalhães, na frente do HR, a maior emergência do Norte e Nordeste. 

 Ele foi atingido por disparos feitos por um grupo de vigilantes. 

Esses trabalhadores são colegas de farda de Nivaldo Bezerra da Silva, de 66 anos, que foi morto a tiros pelo paciente durante uma troca de tiros dentro da unidade de saúde. 

E foi justamente um dos vigilantes que atirou no paciente que foi preso pela polícia. 

Nas imagens, também é possível ver que o paciente estava deitado em via pública quando levou um tiro. 

 O vídeo mostra também  quatro vigilantes que se aproximam dele. 

Nesse momento, o homem é atingido por mais  disparos feitos por um dos profissionais de vigilância. 

 Em seguida, alguns dos trabalhadores de segurança deixaram o local em motocicletas. Outros saíram correndo pela via. 

Como foi

Tudo aconteceu depois que o paciente tentou roubar a arma de uma vigilante, que não teve o nome revelado. 

Esse fato aconteceu por volta das 4h30 desta sexta, dentro do HR, na troca de plantões dos vigilantes. 

Nivaldo Silva, que estava no último plantão da carreira e prestes a se aposentar, tentou tomar a arma de volta e foi baleado.

Em seguida, vigilantes correram atrás do paciente, que foi até a área onde ficam as ambulâncias.

Foi justamente no momento em que ele correu até a rua que as imagens foram feitas. 

Detalhes

Nas imagens, também é possível ver que o paciente estava deitado em via pública quando levou um tiro. 

O vídeo mostra também  quatro vigilantes que se aproximam dele. 

Nesse momento, o homem é atingido por mais  disparos feitos por um dos profissionais de vigilância. 

Em seguida, alguns dos trabalhadores de segurança deixaram o local em motocicletas. Outros saíram correndo pela via.

O que diz a SDS

A Secretaria de Defesa Social (SDS) disse, por nota, que, juridicamente,  responde apenas sobre a postura e conduta das suas respectivas operativas: Polícia Militar, Civil, Científica, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil. 

“A conduta dos vigilantes em questão só interessa a SDS sob o aspecto criminal e isto já está sob investigação pela Polícia Civil”, acrescentou.

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