No Recife, manifestantes pedem veto ao projeto de abuso de autoridade

Manifestantes se reuniram na tarde deste domingo (25) na Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife, para protestar contra o projeto que pune o abuso de autoridade, aprovado pelo Congresso Nacional, e que vai à sanção ou veto do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O ato aconteceu em frente a Padaria Boa Viagem. Segundo a organização, 10 mil pessoas participaram do ato. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público da manifestação.

Além do pedido do veto, a pauta ainda contemplou pedidos pelo impeachment dos ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes e a nomeação do procurador Deltan Dallagnol para procurador-geral da República.
O presidente do Liberta Pernambuco, Wilker Cavalcanti, ressaltou que o grupo pró-Bolsonaro não exerga vantagens do projeto. “Como a própria lei já fala, ela vai limitar a ação da autoridade no nosso país. A gente não pode deixar que isso aconteça. É uma lei com projeto extenso, que cansa para quem vai ler, mas nas suas sublinhas existe ali exatamente o que eu disse: objetos, nos artigos, que podem limitar a ação da polícia”, disse Wilker. “Se em algum momento a Câmara quiser rever o projeto, que reveja, mas sem essas entrelinhas que o povo, que não entende e não para ler, saiba que o novo PL que será feito é benéfico, não somente para a população, mas para a saúde do Código Penal Brasileiro”, acrescentou. 

Já a coordenadora do Vem Pra Rua, Maria Dulce Sampaio, explicou que quatro pontos estão sendo discutidos no ato. O primeiro seria o veto da lei do abuso de autoridade, o segundo seria o impeachment do ministro do STF Dias Toffoli, a prisão do ex-presidente Lula e por último seria a escolha do cargo de procurador geral da República, vaga atualmente ocupada por Raquel Dodge. 

“Fazemos um apelo ao presidente da República, que ele (Bolsonaro) coloque alguém na PGR (Procuradoria-Geral Da República) que tenha um perfil contra a corrupção. O Vem Pra Rua sugeriu o nome de Deltan, mas se não puder ser ele, que o presidente coloque alguém tão compatível quanto Deltan, porque ele e Sergio Moro estão se mostrando ícones da Lava Jato”, explicou.

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