A Polícia Civil concluiu o inquérito e decidiu levar à Justiça o Colégio O Bom Pastor, no bairro Cohatrac II, em São Luís. Pedro Marques de Melo Sobrinho é investigado por beijar uma aluna, de 15 anos, na boca.
As investigações foram concluídas no início do ano, mas a Justiça ainda não aceitou a denúncia para tornar Pedro Sobrinho um réu. O processo também é analisado pelo Ministério Público.
Para a Polícia Civil, Pedro cometeu o crime de Importunação Sexual, que acontece quando alguém realiza um ato contra alguém, sem consentimento, para satisfazer a própria lascívia ou a de outra pessoa. A pena pode chegar a cinco anos de prisão.
O g1 entrou em contato com a assessoria do Colégio O Bom Pastor pedindo um posicionamento acerca do fim do inquérito, pela Polícia Civil, e questionando se o diretor chegou a ser afastado. O Colégio disse que o diretor foi afastado, por causa das investigações, e que o processo corre em segredo de Justiça.
“O processo corre em segredo de justiça e O Bom Pastor vai resguardar o direito ao segredo processual e até a presente data, nem Sr. Pedro e nem os seus advogados foram intimados ou informados sobre indiciamento”, declarou a defesa.
Jovem denunciou o crime
O caso aconteceu na manhã do dia 27 de outubro de 2023, após os pais ficarem sabendo que Pedro Marques teria abusado da filha, dentro da escola.
No dia, a menina tinha ido pagar o boleto da escola, na sala do financeiro e, enquanto ela preenchia o documento, o diretor teria aparecido e dito ‘pra ela preencher na sala dele’. No entanto, a jovem se recusou, mas recebeu um beijo no rosto e depois na boca, de acordo com os pais.
O pai da menina, que não quis se identificar, diz ainda que, logo após o beijo, a filha saiu chorando e procurou a assistente pedagógica da escola, que relatou o caso. Depois do que soube, o pai contou que foi buscar a filha e ainda tentou falar com o diretor, mas ele não foi encontrado.
Neste sábado (13), o pai da menina, que não quis se identificar, informou ao g1 que ele aguarda Justiça e que a jovem atualmente passa por cuidados psicológicos.
“Não confiamos em uma instituição que não cumpriu o contrato de prestação de serviço. Nossa filha foi para escola para estudar e, durante o período que estivesse lá, cabia à escola zelar pela integridade física, mental e emocional”, contou o pai.
Com informações do g1 MA