Um motorista de aplicativo ficou preso às ferragens após o carro que ele dirigia colidir contra um ônibus num cruzamento de Casa Caiada, em Olinda, na madrugada desta segunda-feira (18). De acordo com o Corpo de Bombeiros, o carro estava com um passageiro e foi preciso retirar o teto do veículo para fazer o resgate.
O acidente aconteceu por volta das 4h20, no cruzamento entre a Avenida Doutor José Augusto Moreira e a Rua Manoel dos Santos Moreira. O ônibus, que fazia a primeira viagem do dia da linha Rio Doce/CDU, estava ocupado apenas com o motorista.
O Corpo de Bombeiros foi acionado cerca de 10 minutos depois e, ao chegar no local precisou retirar o teto do carro para resgatar o motorista de aplicativo, que ficou preso às ferragens. O passageiro estava no banco de trás. Os nomes dos envolvidos no acidente não foram divulgados.
“O cenário estava bem complexo. […] Foi necessário rebater o painel do veículo para que fossem liberadas as pernas dele. […] Ele [o passageiro] foi localizado atrás no veículo e isso facilitou a retirada. Acreditamos que isso tenha sido um fator bem importante para que ele não sofresse tantos ferimentos”, disse o capitão do Corpo de Bombeiros Ciro Camilo.
Ainda de acordo com os bombeiros, o motorista do ônibus não apresentava lesões aparentes, mas precisou de atendimento devido à alteração da pressão arterial.
As vítimas foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O motorista de aplicativo foi levado para o Hospital da Restauração, no Derby, área central do Recife. Já o passageiro do carro foi levado para o Hospital Esperança Olinda, no mesmo bairro do acidente.
O g1 entrou em contato com as unidades hospitalares para saber o estado de saúde das vítimas.
O Hospital da Restauração informou que o motorista do carro deu entrada pela emergência da unidade de saúde por volta das 6h. Ele chegou entubado ao hospital, em estado grave, e a equipe multiprofissional está tentando estabilizar o paciente.
Até a última atualização dessa reportagem não havia informações sobre a situação de saúde do passageiro do veículo.
Perito foi ao local
De acordo com o perito André Amaral, do Instituto de Criminalística (IC), o impacto foi tão forte que fez com que o ônibus entrasse numa rua que não fazia parte do percurso dele.
“Os vestígios materiais que encontramos na via indica que um dos veículos invadiu a faixa de contrafluxo e um deles também estava desenvolvendo alta velocidade, acima da faixa [do permitido]”, disse o perito.