Uma mulher e dois homens foram presos em flagrante nessa quarta-feira (11) por envolvimento na venda de doces feitos com maconha no Recife. De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, um dos suspeitos é um estudante universitário, que entregava as encomendas, e o casal era responsável pela fabricação do produto. Eles se apresentaram à corporação como militantes pela descriminalização da droga.
ambém foram apreendidos, na casa do casal, três pés da planta, duas balanças de precisão, cookies e manteiga, que continham maconha em sua composição. A polícia acredita, no entanto, que o casal comprava a planta de outros fornecedores, pela quantidade de doces que eram vendidos.
“A gente contou três pés de maconha, mas pela quantidade de doces que ela vendia, e pela quantidade de doce apreendida, é como se ela tivesse adquirido [maconha] de outros fornecedores, que ela não quis dizer [quem eram]”, disse delegado titular da Delegacia Rio Branco, Breno Maia.
Investigação
O delegado conta que a equipe de investigação recebeu a informação da venda dos doces dias antes, e já sabiam quem era o rapaz que faria a entrega da encomenda, e aonde ele iria vender. “O que foi concluído foi que ele iria entregar às 14h na Estação de Metrô do Recife, e foi o que aconteceu”, relatou. Ele colaborou para informar à polícia qual era o endereço de fabricação dos doces, e disse já ter vendido em Jaboatão dos Guararapes no mesmo dia.
“Quando ele foi abordado, automaticamente, ele confirmou que estava com o produto e que tinha maconha em seu conteúdo. A equipe de investigação já tinha a informação, porque já tinha levantado anteriormente, do bairro onde a fábrica funcionava, que na verdade era a residência do casal que também foi autuado, e o sujeito que foi preso na estação colaborou para informar, precisamente, qual o endereço”, elucidou Breno Maia.
Ao chegar no endereço, os oficiais conseguiram prender o casal. Segundo a Polícia, em entrevista na delegacia a mulher explicou que vendia doces convencionais, sem a droga, pelas redes sociais, e os doces com maconha eram vendidos entre amigos, e que eles também são usuários da droga.
“Ela confirmou que fazia a venda dos doces convencionais, que não tinha maconha, e os doces com maconha como ingrediente eram vendidos e comercializados no boca a boca, entre amigos, com amigos em comum, porque eles também são usuários de maconha. Ela disse que [vende] desde o começo do ano”, disse o delegado.
Mesmo nos doces sem maconha, era feita apologia ao seu uso. Nas fotos, é possível ver donuts com folhas de maconha desenhadas, e o número 4:20, símbolo de uma ligação da pessoa que vende o produto com a maconha.
Prisão e autuação
O trio foi autuado em flagrante e delito por tráfico e associação por tráfico, e nenhum tinha antecedente criminal. “A informação que a gente obteve é que, na audiência de custódia, a prisão em flagrante já foi convertida para preventiva, então eles já devem estar recolhidos”, revelou o delegado.
As investigações terão prosseguimento a partir da solicitação de quebra de sigilo do aparelho telefônico dos suspeitos.
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