O Instituto de Polícia Científica (IPC) de Cajazeiras divulgou nesta terça-feira (14) o laudo sobre a morte da bebê de 6 meses em São José de Piranhas, no Sertão da Paraíba. O documento revela que a causa da morte foi um traumatismo craniano, indicando a possibilidade de espancamento com uso de “objeto contuso”, como as mãos de uma pessoa, e choques contra superfícies como parede e piso.
O laudo, contudo, descartou indícios de abuso ou crime sexual contra a criança. Além disso, foram constatados hematomas por todo o corpo da vítima.
As suspeitas do crime, a mãe da criança identificada como Fernanda Miguel da Silva, de 19 anos, e sua companheira, Lilian Alves Romão, de 18 anos, foram transferidas da cadeia feminina de Cajazeiras para a Penitenciária Júlia Maranhão, em João Pessoa, na semana passada.
A Secretaria de Estado da Administração Penitenciária da Paraíba (Seap-PB) confirmou a transferência, alegando a necessidade de preservar a segurança das suspeitas conforme previsto na Lei de Execução Penal. A decisão visa garantir a integridade física das detentas.
O caso teve início quando a mãe da bebê chegou à Unidade Básica de Saúde (UBS) pedindo ajuda, alegando que a vítima estava passando mal. A equipe médica constatou a ausência de sinais vitais na criança e, ao tentar reanimá-la, observou cicatrizes, escoriações e hematomas pelo corpo. As suspeitas foram presas em flagrante e, durante o depoimento, a companheira confessou o crime sem revelar a motivação.
O delegado Danilo Charbel, responsável pelo caso, destaca que a principal linha de investigação aponta para o envolvimento das duas mulheres no crime. A avó da companheira, que morava com as envolvidas, afirmou não ter presenciado nada, e o pai da criança ainda não foi identificado. A Polícia Civil segue apurando os detalhes do caso para esclarecer os fatos e buscar a justiça.