Nesta quarta-feira (20), o Ministério da Saúde divulgou um documento que amplia a possibilidade de uso da cloroquina e hidroxicloroquina. Antes da pandemia, o medicamento era usado principalmente no tratamento da malária. Após a descoberta do novo coronavírus, a substância tem sido testada em pacientes da Covid-19. A partir de hoje, por determinação do presidente Jair Bolsonaro, a medicação também poderá ser usada em pacientes com sintomas leves do novo coronavírus. O protocolo que era adotado pelo Ministério da Saúde previa o uso da cloroquina apenas por pacientes graves. Agora, o órgão prevê as dosagens que podem ser feitas logo no início do tratamento. A indicação deve ficar a critério médico e ocorrer após análise de exames.
Em coletiva de imprensa transmitida ao vivo nesta quarta-feira (20), o secretário de saúde do Recife, Jailson Correia, afirmou que o município irá respeitar a autonomia do médico. “É fato que o uso da cloroquina tem sido questionado por sociedades médicas e científicas, que têm se posicionado contrários ao uso desse medicamento em ambiente hospitalar. Então aqui, naturalmente estamos o tempo todo através no nosso núcleo de evidências da prefeitura, buscando a atualização desses protocolos. Tivemos notícia de hospitais privados do Recife que retiraram o uso da cloroquina para uso hospitalar à luz de estudos científicos que foram publicados na semana passada”, comentou.
O secretário ainda afirmou que a pasta não é contrária ao uso e caso seja recomendado, fará a distribuição para unidades de atenção básica à saúde do Recife. “Sobre o uso na atenção primária, é importante dizer que a prefeitura não está contrária a este uso. O que nós temos a responsabilidade de fazer é que se não há previsão de protocolo e chegando comprimidos e o Ministério da Saúde colocando esse uso na Atenção Primária, a prefeitura distribuirá para suas unidades de saúde deixando a critério do médico, na ponta, respeitando sua autonomia e conversa com o paciente, como não é um uso regulamentado, é necessário que o paciente assine um termo de consentimento. E a prefeitura, então, vai fazer a distribuição conforme o protocolo do Ministério da Saúde e a autonomia do médico e as evidências científicas”, comentou Jailson Correia.
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