Essa criança jamais poderia estar sozinha dentro do elevador, diz especialista sobre Miguel

morte do garoto Miguel Otávio, de 5 anos, acendeu o alerta sobre os perigos de deixar crianças sem supervisão de um adulto. Segundo a analista de Comunicação da ONG Criança Segura Camila Alvarenga, o menino jamais poderia ter acessado o elevador sozinho. A vítima foi deixada no elevador pela patroa de sua mãe, que não o acompanhou e por conta disso ele acabou acessando o 9º andar e caindo de uma altura de 35

Segundo Camila Alvarenga, a maioria dos acidentes com criança poderiam ser evitados. “90% dos casos dos acidentes poderiam ser evitados, como esse. Essa criança jamais poderia estar sozinha dentro do elevador. Os riscos de deixar uma criança sozinha no elevador são os mesmos de deixar uma criança sozinha em qualquer lugar. A criança não sabe avaliar os riscos pelos quais ela está correndo naquele momento, não sabe reagir às situações de perigo. Então, ela não pode ficar sozinha sem a supervisão de um adulto em hipótese alguma”, destacou.

A partir de quando a criança pode ficar sozinha?

Segundo a analista da ONG Criança Segura, existe recomendação para que crianças a partir de 10 anos podem ficar sozinhas, mas é preciso avaliar a maturidade dos pequenos. “A gente recomenda que, aproximadamente, a partir dos 10 anos de idade, a criança já pode andar sozinha em lugares que ela já tenha conhecimento, que sejam habituais para ela. Mas é muito importante que os pais e responsáveis avaliem a maturidade da criança antes de deixar que elas andem sozinhas”, disse.
Esse não era o caso do menino Miguel. “Essa criança tinha 5 anos de idade e jamais poderia [estar sozinha]. Quem estava sob responsabilidade dela naquele momento nunca poderia ter deixado ela entra no elevador sozinha e apertar aleatoriamente os botões do elevador sem saber onde ela ia parar. Foi um erro gravíssimo”, comentou.  
O local de onde Miguel caiu não tinha proteção. “É muito triste que precise acontecer um caso fatal no condomínio para acender o alerta das pessoas do perigo. É função de todos da sociedade cuidar da criança, inclusive do condomínio”, apontou.

    
       

       Rádio Jornal NE10

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