Para proteger a saúde pública e o meio ambiente em Timbaúba (Mata Norte), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou à Secretaria de Saúde e à Vigilância Sanitária municipal que realize, em 30 dias, a identificação de todos os proprietários de pocilgas e similares localizados na área urbana.
O MPPE quer ainda que o município verifique todo tipo de criadouro irregular semelhante que cause poluição ambiental em áreas residenciais em geral, arriscando, inclusive, a qualidade de vida dos moradores do entorno.
Os proprietários precisam ser também notificados a retirar voluntariamente suas criações em prazo a ser fixado pela Vigilância Sanitária. Superado esse prazo, e nos casos em que não for possível a identificação dos donos, a Vigilância deve realizar inspeções apreendendo os animais criados em situação irregular e recolhendo-os em centro sob a custódia de autoridade municipal.
A recomendação deve-se à Promotoria de Justiça de Timbaúba ter recebido denúncias, através da Ouvidoria do MPPE, de moradores fazendo criação irregular de porcos, o que tem afetado tanto o conforto quanto a saúde dos vizinhos.
O promotor de Justiça Eduardo Henrique Gil Messias de Melo frisa na recomendação “ser atribuição do Poder Público municipal, nos termos do artigo 18, inciso IV, aliena “d” da Lei Federal n.º 8080/90, as ações de vigilância sanitária, entre as quais a de fiscalização de criatórios de animais”. Ele também lembra que “o Código Sanitário do Estado de Pernambuco, em seu artigo 79, estabelece que os estábulos, cocheiras, granjas e estabelecimentos congêneres só serão permitidos em zona rural (Decreto nº 20.786, de 10 de agosto de 1998)”.
Por Carlos Britto